A União de Sindicatos de Aveiro (USA), afecta à CGTP, recebeu indicações, esta sexta-feira, de paragens no sector industrial de Ovar.
Isto depois de uma resolução do Conselho de Ministros que declarou o estado de calamidade ter clarificado o despacho conjunto inicial do Ministério da Administração Interna e Ministério da Saúde publicado sem referência expressa à proibição de atividades fabris.
O Governo, alertado, acabaria por ir ao encontro da pretensão da autarquia local.
“Estive a confirmar e, a contragosto, as empresas estão a cumprir a quarentena geográfica”, adiantou Adelino Nunes, coordenador da USA.
Na quinta-feira, o presidente da Câmara, Salvador Malheiro, chegou a admitir o cumprimento “musculado” da ‘cerca sanitária’, pedindo às autoridades policiais para intervirem nas empresas que estivessem a laborar sem autorização para tal.
“Atropelos aos direitos dos trabalhadores”
Hoje à tarde, o PCP de Ovar divulgou um comunicado “denúncia” de “vários atropelos aos direitos dos trabalhadores” por parte de “algumas entidades patronais” que “tentam implementar nesta fase, como a imposição de férias forçadas”.
A concelhia comunista alertou ainda para “a insistência de algumas fábricas em manter a sua actividade, não acatando a ordem das autoridades, colocando em causa a segurança dos trabalhadores e a saúde pública” (Informação ao minuto Covid-19 na RTP)..
As limitações à circulação de pessoas e bens estão a afectar também concelhos vizinhos, como referem os autarcas de Estarreja e Murtosa em declarações à rádio Renascença.
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