Covid-19 antecipa tendências tecnológicas

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A pandemia do COVID-19 trouxe profundas mudanças na sociedade, na economia, no mercado de trabalho, além de ter antecipado a adoção de algumas tendências tecnológicas chave que somente eram previstas para os próximos anos.

Observatório do Emprego da Universidade de Aveiro *

Isso que pode ser explicado pela necessidade de resposta e de adaptação das empresas às rápidas exigências dos consumidores devido às restrições e questões sanitárias impostas pela pandemia.

Nesse período, estima-se que muitas empresas tenham antecipado sua digitalização de três a quatro anos de forma a melhorar as relações com os consumidores, além de suas cadeias de suprimento e suas operações internas.

Com a necessidade de confinamento, as pessoas recorreram aos canais online para suas compras de alimentação, vestuário ou entretenimento.

Assim, robustos sistemas de logística capazes de suprir o e-commerce precisaram ser aperfeiçoados.

O impulso na pesquisa em robótica foi notório, bem como o uso de robôs e drones seja para operações de desinfeção ou para entregas em domicílio.

Já as cadeias de abastecimento de bens e serviços tornaram-se mais vulneráveis seja pela interrupção da operação de muitas fábricas, pela dependência de registros manuais, por uma falta de flexibilidade ou pela adoção de barreiras por certos países para alguns produtos como os de proteção individual.

Tecnologias da 4ª Revolução Industrial como: Big Data, computação em nuvem, Internet das coisas (“IoT”) e o blockchain foram fundamentais para adaptar as cadeias de abastecimento de forma a atender as necessidades dos consumidores.

A adoção do home office somente foi viável com o uso de tecnologias como as das redes privadas virtuais (VPNs), protocolos de internet para voice over (VoIPs), aplicações para reuniões virtuais, nuvem e ferramentas de trabalho colaborativo e até mesmo o reconhecimento facial.

Tecnologias similares foram utilizadas para viabilizar o ensino a distância, além da realidade virtual, realidade aumentada, impressão 3D e a inteligência artificial.

A impressão 3D também foi usada para mitigar o suprimento e exportação de bens, como equipamentos de proteção individual, por sua flexibilidade de produção já que uma mesma impressora pode criar rapidamente uma grande variedade de produtos de diferentes formas e materiais.

As empresas que apostaram na adoção dessas tecnologias apontam que o seu sucesso pode ser atribuído a superação da falta de talentos tecnológicos, ao uso de tecnologias mais avançadas e a aceleração na experimentação e inovação.

* Newsletter de 15 de fevereiro disponível em https://uaonline.ua.pt/upload/med/joua_m_6855.pdf

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