O executivo do JUNTOS não construiu casas, nem captou investimento. Não melhorou o acesso à saúde, nem baixou o preço da água. Não conseguiu responder à emergência climática, não apostou na smart city, nem demonstrou ser transparente. As baixas taxas de execução demonstram a estagnação do concelho.
Por Cláudia Afonso, Luis Grilo, Diana Moreira, Romeu Fernandes, Filipa Vieira e Rui André Soares *
A par com a pandemia de covid-19, desenvolvem-se outras crises: económica, social e ambiental. É impossível prever quando e como terminarão. Porém, os poderes públicos têm recursos para responder às dificuldades, mitigando desigualdades, combatendo a pobreza e respondendo às exigências climáticas.
Em Águeda, não esperamos soluções nem mudanças dos partidos e movimentos habituados ao poder. As cores podem ser diferentes, mas as suas políticas são idênticas.
Em 2021, o Bloco de Esquerda é o partido mais representativo e dinâmico do nosso concelho. Esta candidatura é a única com coragem para transformar as políticas aguedenses, criando uma alternativa que proteja a sociedade e garanta um futuro para quem vive, trabalha e estuda no concelho Águeda.
Nos últimos 4 anos, o JUNTOS apostou num modelo de governação assente em turismo. A realidade mostrou que foi um erro. O executivo do JUNTOS não construiu casas, nem captou investimento. Não melhorou o acesso à saúde, nem baixou o preço da água. Não conseguiu responder à emergência climática, não apostou na smart city, nem demonstrou ser transparente. As baixas taxas de execução demonstram a estagnação do concelho. Ou seja, temos menos qualidade de vida.
Porém, a nossa população é das que mais horas trabalha na Europa e agora tem a geração mais qualificada de sempre. É tempo de construir um município à altura dos e das aguedenses.
Proteger salários é essencial! É tempo de apoiar quem ficou sem rendimentos e impedir que a pobreza aumente ainda mais, para que não existam famílias sem acesso a bens esse nciais, à Saúde e à Educação, por escassez de recursos económicos.
É prioritário construir habitação pública, aumentando a oferta existente e, assim, baixar as rendas que asfixiam quem vive no nosso concelho e impedem o desenvolvimento local e regional.
A reorganização, com recurso à tecnologia, dos transportes coletivos permitirá melhorar o acesso à mobilidade, o que significará poupanças significativas para a população.
Os preços da água e do saneamento praticados pela AdRA aumentam anualmente, com aval do executivo municipal. Esta situação é insustentável. A AdRA tem que cumprir os compromissos e disponibilizar água a preços justos e levar o saneamento onde ainda não existe.
A recolha de resíduos tem sido tão ineficaz quanto dispendiosa, criando riscos para a saúde pública. É imperioso implementar uma recolha de lixo pública, segura e eficaz.
O município existe para garantir direitos! É necessário combater a corrupção e lutar por mais transparência, para que os recursos públicos estejam ao dispor de quem trabalha, vive e estuda em Águeda, sem interesses obscuros.
A autarquia tem o dever de criar mecanismos de combate à violência doméstica, ao machismo, ao racismo e que transformem Águeda num concelho seguro para a comunidade LGBTI+, vencendo o conservadorismo que ainda persiste.
O poder usa os agentes culturais para fins de propaganda que não servem a população. Propomos o desenvolvimento de espaços de fruição e criação, programando e emancipando a oferta, fortalecendo quem trabalha na cultura.
Respeitar os direitos laborais permite ter uma economia robusta. A precariedade atrasa o concelho e tem que ser combatida através de políticas municipais progressistas.
A dignidade animal ainda está para ser conquistada em Águeda. Há que dar condições aos abrigos de animais abandonados e tornar gratuitos os processos de esterilização e adoção.
* Manifesto autárquico do Bloco de Esquerda de Águeda.