Continente: Sindicato exige subsídio de natal completo para quem esteve em casa com filhos

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CESP (arquivo).
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Aveiro figura nos protestos agendados para hoje pelo Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP), afecto à CGTP, devido à falta de pagamento, parcial, do subsídio de natal a colaboradores (as) lojas Continente que estiveram em casa a dar apoio aos filhos devido ao fecho das escolas motivado pela pandemia.

A ação de denúncia levará, esta tarde, ativistas sindicais e trabalhadores (as) a fazer uma concentração junto do supermercado nas imediações da estação da CP de Aveiro.

A empresa, segundo o CESP, náo pagou “o valor integral do subsídio de natal referente ao ano de 2020 aos trabalhadores que estiveram em assistência a filho nos meses de Março a Maio devido ao encerramento das escolas, decisão do Governo no âmbito das medidas de mitigação da pandemia da Covid-19”.

Uma decisão considerada “extremamente injusta, tendo em conta que na sua grande maioria estes trabalhadores são mulheres que estiveram a prestar assistência a filho não por sua opção, mas sim porque as creches, jardins de infância, escolas e centros de actividades de tempos livres foram encerrados por decisão governamental para proteger a saúde de todos”. A medida acabou por resultar na “discriminação” de quem esteve “em estrito cumprimento das normas da DGS”.

Segundo a informação sindical, as mulheres representam mais de 65% dos trabalhadores do Continente.

O CESP exige também “o aumento do salário de todos os trabalhadores e a negociação do contrato colectivo de trabalho sem contrapartidas.” Os últimos aumentos salariais foram feitos “de forma discriminatória” e não repuseram o poder de compra, “mantendo assim os trabalhadores com baixos salários, em muitos casos em topo de carreira com salário igual ao salário mínimo nacional, falamos de trabalhadores com trinta anos de casa.”

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