Um homem de 33 anos confessou integralmente, esta manhã, no Tribunal de Aveiro, que traficou drogas diversas, em Águeda, junto de consumidores locais.
A Polícia Judiciária (PJ) de Aveiro chegou ao arguido no Verão do ano passado após tomar conhecimento de uma encomenda por via aérea levantada pela mãe sem que soubesse o conteúdo, no caso 250 comprimidos de MDMA (ecstasy) remetidos a partir da Inglaterra no valor de 700 euros.
Confrontado pelo juiz presidente com o teor da acusação, o homem, atualmente em prisão domiciliária, depois de ter estado vários meses em preventiva, assumiu que “é tudo verdade e não valia a pena estar a mentir”.
Já em resposta ao advogado de defesa, confirmou que foi consumidor de haxixe desde os 16 anos. Mesmo na cadeia, manteve o vício, conseguindo droga junto de outros reclusos com quem dividia a cela, afastando-se apenas quando passou a ter atividade na cozinha e a ser acompanhado.
Questionado pelo Procurador do Ministério Público, o arguido afirmou pretender retomar a ajuda no negócio da família.
O pai, empresário do sector das ferragens, chamado enquanto testemunha, aceitou prestar depoimento e garantiu que “foi uma surpresa e das grandes” saber do envolvimento do filho, que trabalhava consigo, em consumo ou tráfico.
A detenção ocorreu no início de agosto de 2018. O arguido tinha na casa onde vivia milhares de doses de haxixe, anfetaminas, ecstasy, LSD e liamba que seriam revendidos a partir da residência e a outros clientes em cafés.
A investigação esteve a cargo da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes (UNCTE), no âmbito da prevenção e repressão da introdução de produtos estupefacientes em território nacional.
As buscas permitiram encontrar 1,3 quilos de canábis (6.500 doses), 75 micro-selos de LSD, anfetaminas e liamba, além de 1405 euros.
(em atualização)