Um dos três jovens a quem se imputam roubos e furtos em Aveiro e Ílhavo ocorridos no início do ano, bem como tráfico de droga, condução sem carta e posse de arma proibida, confessou parcialmente os factos imputados ao falar no início do julgamento, esta quarta-feira. Dois outros arguidos faltaram sem dar justificação.
Segundo a acusação do Ministério Público (MP), o trio com idades entre os 19 e os 24 anos esteve envolvido no furto de uma viatura na Gafanha da Nazaré a 15 de fevereiro, que veio a ser incendiada um dia depois na praia da Vagueira, Vagos, bem como a assaltos a residências e gasolineiras (dois abastecimentos de combustível sem pagar a 15 de fevereiro) e, no caso mais grave, o roubo ocorrido numa pastelaria em Cacia sob ameaça de uma pistola, levando uma caixa registadora com cerca de 200 euros.
O arguido de 24 anos, o único que está detido preventivamente, assumiu o furto da viatura Honda Civic de uma garagem com a intenção de “vender para arranjar dinheiro”, tendo admitido também que era consumidor de estupefacientes. Sobre o alegado abastecimento de gasolina sem pagar, não quis falar.
Quanto ao roubo ocorrido na pastelaria do Paço a 20 de fevereiro, o jovem confessou a sua participação e dos restantes acusados. “Não tínhamos dinheiro, mas não foi nada organizado” explicou, adiantando que a pistola, adquirida por outro arguido, “era de ar comprimido, usada para desporto e não tinha munições”.
Depois de se terem apercebido que não estavam clientes, o arguido e outro acusado entraram no estabelecimento. Segundo a acusação, um dos indivíduos estaria já no interior do balcão quando os donos deram pela presença.
“Não entrámos no balcão, a caixa registadora estava em cima do balcão. Aconteceu num minuto, íamos de boca e nariz tapados. Eu levava a pistola, mas não apontei a ninguém, levava-a na mão, posso ter feito algum gesto… Era para intimidar”, explicou, afirmando-se “arrependido pela falta de consciência”. Deixou, também, disponibilidade para compensar o dono do automóvel destruído pelo fogo.
No dia 22 de fevereiro, a Polícia Judiciária intercetou os três suspeitos a circular de automóvel, na posse de droga (13 gramas de haxixe) e da arma com munições, que terá sido usada no assalto em Cacia.
O arguido não quis falar de um suposto assalto à residência, no mês seguinte, na Gafanha da Nazaré. Seria intercetado pela GNR com uma mochila na posse de artigos, sobretudo equipamentos informáticos, no valor de pelo menos 1500 euros.
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