Confessa furtos e incrimina cúmplice que constava como desconhecido

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Tribunal de Aveiro.

Um homem de 43 anos, residente em Anadia, atualmente detido, confessou, em grande medida, no Tribunal de Aveiro, esta manhã, a autoria de uma vaga de furtos a estabelecimentos, residências e viaturas ocorridos na Mealhada e Oiã (Oliveira do Bairro).

O arguido, que está a ser julgado por cinco furtos, quatro deles qualificados, e um crime de falsificação (uso de matrículas falsas), identificou o cúmplice, também detido, da zona de Águeda que terá colaborado consigo nos assaltos e que até agora era referido na acusação como desconhecido. “Estivemos junto durante vários meses”, declarou.

A dupla esteve muito ativa em setembro de 2020, pelo menos, tendo sido recolhidos indícios de envolvimento em vários assaltos. O primeiro referido no processo aconteceu no centro de saúde da Mealhada, por arrombamento com pé de cabra, de onde os homens levaram dinheiro (50 euros) e as chaves de uma viatura. No mesmo dia, seguiram para o hospital da Misericórdia, de onde retiraram 40 euros em moedas da maquina de uma vending. O arguido precisou que saiu do local na sua viatura e o cúmplice é que terá levado uma carrinha da Administração Regional de Saúde do Centro utilizando as chaves furtadas do centro de saúde. Mais tarde voltaram a encontrar-se para comprar droga (cocaína).

A acusação imputa à dupla igualmente um assalto ao interior de um restaurante de leitão assado na Mealhada, de onde furtaram uma viatura. Seguiu-se o furto ocorrido no centro social de Aguim, de onde levaram diversos equipamentos de uma garagem (moto roçadora, corta relvas, gerador elétrico, compressão, entre outros, com valor aproximado de 2000 euros). Acabaram por fugir a pé quando se aperceberam da aproximação da patrulha da GNR, que encontrou no veículos artigos e a carteira do homem que está a ser julgado.

O último assalto constante do processo diz respeito a uma residência, em Oiã, concelho de Oliveira do Bairro, de onde terão sido furtados artigos em ouro. No entanto, o arguido garantiu que “desta situação não sei nada”.

Os homens terão cometido os furtos na viatura furtada no centro de saúde da Mealhada colocando-lhe matrículas falsas que seria encontrada abandonada em Mogofores, Anadia. O arguido esclareceu que se também deslocava na sua viatura, que disse ter sido alvejada numa ocasião em que não parou a uma abordagem da GNR.

O acusado, à data dos factos operário fabril, justificou os furtos pela necessidade de arranjar dinheiro para comprar droga a que voltara após tratamentos da especialidade. Atualmente é acompanhado por doença oncológica. Os assaltos ocorreram já depois de ter cumprido tempo de cadeia por crimes motivados pelo consumo de estupefacientes.

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