Um sexagenário confessou, integralmente, a autoria de oito incêndios florestais nos concelhos da Mealhada e Cantanhede, entre fevereiro e junho do ano passado, que deram muito trabalho a bombeiros para não colocar em risco populações, sem, contudo, apresentar qualquer razão concreta para praticar os crimes.
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O arguido de 64 anos, atualmente em prisão preventiva, assumiu no início do julgamento esta segunda-feira, no Tribunal de Aveiro, que ateava os fogos, com recurso a isqueiro, ausentando-se imediatamente dos locais (zonas florestais entre os concelhos da Mealhada e Cantanhede).
“Fiz isso por auto recriação, eu sei que é grave. Sim, podia ter sido uma catástrofe”, afirmou o indivíduo ao responder à juiza presidente sem adiantar justificação para os crimes que destruiram zonas de povoamento florestal.
Questionado pelo advogado de defesa, o arguido disse ainda que ateava fogos “quando lhe vinha ao pensamento”, admitindo, novamente, ter consciência que fez “muito mal” e, também que se encontra “muito arrependido”, garantindo que “nunca mais” sairá de casa com tais propósitos.
Durante a investigação da Polícia Judiciária, que incluiu reconstituição de factos, o homem chegou a assumir a autoria de um incêndio de que não era suspeito.
Da lista de oito fogos imputados, dois deles, os derradeiros antes da detenção, aconteceram em dias seguidos (25 e 26 de junho). O arguido residente em Casal Comba, Mealhada, deslocava-se para os locais a pé, chegando a percorrer quase uma hora, e, numa ocasião, de motorizada.
Entre as atividades laborais que teve, o homem trabalhou numa fábrica de priotecnia. Chegou, também, a lançar foguetes em festas populares.
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