Um homem de 36 anos, luso-brasileiro, afirmou hoje não se recordar do acidente rodoviário ocorrido em Vagos, em julho de 2018, envolvendo a viatura por si conduzida e na sequência do qual viria a falecer um colega de trabalho, que seguia ao seu lado.
O despiste do automóvel quando circulava numa zona em reta da estrada que liga Salgueiro a Fontão, embatendo num muro e contra árvores de um jardim contíguo, causou ferimentos nos dois ocupantes. O ‘pendura’ faleceu uma semana depois no hospital após complicações causadas por uma hemorragia interna.
Os sinistrados regressavam de um café, ao princípio da noite, de um convívio com amigos da fabrica onde trabalhavam. Ambos acusaram álcool no sangue: o condutor 1,72 g/l e o falecido 1,80 g/l.
O arguido está acusado por condução em estado de embriaguez e de homicídio por negligência, assumindo a primeira situação, mas não a condução perigosa, por não se lembrar do acidente.
“Conheço perfeitamente aquele estrada. Ouço um barulho, um estouro, e não me recordo de mais nada, só de acordar no hospital”, declarou o condutor. “Bebi algumas cervejas, se soubesse que a taxa era tão alta não tinha conduzido”, assumiu, negando ainda que estivesse a circular com um carro de um outro amigo sem autorização deste.
Segundo a acusação, o arguido circulava em excesso de velocidade com uma condução imprudente e sem a devida atenção, com falta de destreza e reflexos devido ao estado de embriaguez, resultando destes factos o violento despiste para a faixa contrária.