Complexo da academia do Beira-Mar pode ficar operacional até ao final do ano

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Apresentação do complexo de treinos do EMA, Aveiro.

As chaves do futuro complexo de campos de treinos do Estádio Municipal de Aveiro (EMA) poderão ser entregues ao Beira-Mar, futuro inquilino, para os primeiros pontapés na bola, dentro de meio ano. Esse é o prazo de construção da obra de 3 milhões de euros, suportados inteiramente pela Câmara Municipal.

Uma área de 35 mil metros quadrados, com quatro campos: dois de futebol de 11 (com marcações para futebol de 7 e 5), um de futebol 7 (todos com piso sintético) e um de 9 (sendo este o único único com relva natural). O projeto contempla ainda um edifício de 1500 metros quadrados, polifuncional, que servirá também para acolher bancadas com um milhar de lugares.

“Em última instância, é um centro de formação”, sublinhou o presidente da Câmara ao intervir esta sexta-feira à tarde numa sessão organizada para assinalar o arranque da obra e a assinatura do contrato de desenvolvimento desportivo com o Beira-Mar, aprovado recentemente, envolvendo um subsídio de 83.500 euros.

Ribau Esteves qualificou como “inacreditável” a demora na execução do complexo de treinos, já lá vão 16 anos depois do Euro 2004 e 20 após o início da construção do estádio de 70 milhões de euros, que sendo “uma boa ideia” está incompleto até hoje. “Que vida ficou no estádio ? Não veio vida nenhuma”, disse, lamentando “a rentabilidade social muito baixa” atual, que se resume a um jogo de 15 em 15 dias.

O edil renovou o empenho em dinamizar o EMA, que também será entregue ao Beira-Mar, com novos equipamentos nos terrenos envolventes. Desde logo, localizando ali o pavilhão em fase inicial de elaboração de projeto (5 milhões de euros de investimento previsto) e, mais adiante, uma piscina municipal.

“O complexo de campos de treinos é a possibilidade de ter um clube” – Hugo Coelho, presidente do Beira-Mar

“Estamos habituados aos desafios e estamos a ganhá-los. O complexo de campos de treinos é a possibilidade de ter um clube, só o conseguimos com estabilidade e confiança.
Fizemos um trabalho conjunto, às vezes com discussões acesas, mas sempre a partilhar o mesmo caminho. Duas instituições, com confiança mútua, que é a base de todo o trabalho.
É um projeto estrutural que aguardamos há 20 anos, mas não foi essa dificuldade que nos fez abrandar. Daqui para a frente vamos ter muitas vitórias, dos petizes aos veteranos, são 600 atletas, com uma formação a crescer, e a afirmação dos séniores.
Podemos ter aqui a família beiramarense. Vai ser o pilar do clube”.

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