Como poupar ao juntar créditos num só contrato?

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Contabilidade (imagem genérica).

Tem mais que um crédito? Ao juntar todos os seus créditos num só contrato poderá conseguir poupar até 60% dos seus encargos atuais. Saiba como o fazer agora!

Com a subida generalizada dos preços e das taxas de juro, os portugueses começam a demonstrar ter dificuldades em cumprir com os pagamentos de todos os seus encargos mensais. Muitas famílias, além de sentirem fortemente o aumento substancial das contas de eletricidade, água, alimentação e bens essenciais para a casa, têm ainda créditos a pagar às instituições financeiras.

Estes aumentos fazem com que cada vez mais seja imperativo arranjar alternativas para aumentar os seus rendimentos e/ou baixar os seus encargos mensais com determinados produtos e serviços.

Assim, diversas famílias já começaram a cortar em certas despesas como refeições fora de casa, consumir menos produtos e serviços de lazer e a organizar e controlar gastos de energia e água de forma mais eficaz. Porém, uma das melhores formas de poupar consideravelmente de forma mensal, é ao solicitar uma consolidação de créditos – solução cada vez mais conhecida pelos portugueses.

O que é um crédito consolidado?

Se uma dada família tem que pagar mais que um crédito (cartão de crédito, crédito pessoal, crédito habitação, crédito automóvel, entre outros) hoje, já poderá juntar todas essas dívidas num único contrato.

Além de simplificar burocracias e pagamentos, as famílias podem estender o prazo de pagamento deste contrato único, permitindo deste modo diminuir os seus encargos mensais muitas das vezes para menos de metade do que pagam atualmente.

Se determinada família também necessitar de financiamento urgente, ao estabelecer o novo contrato de consolidação, poderá solicitar dinheiro extra e acrescentar este à dívida total a ser paga. Por fim, dependendo dos créditos e dos contratos estabelecidos com as entidades, em muitos casos, com a consolidação, poderá ver uma diminuição das taxas de juro que paga nos contratos atuais.

Exemplo de uma consolidação

Imagine que a família Silva tem um cartão de crédito e um crédito automóvel para pagar no valor de 20.000 €. Estes encargos representam 750 € do seu orçamento mensal. Ao fazerem um crédito consolidado, aumentando o prazo de pagamento para 84 meses, irão passar a ter um só pagamento no valor de 350 € – uma poupança de 400 € mensais.

Assim, além da poupança mensal, a família Silva ficará mais longe de entrar em incumprimento com uma entidade financeira. De notar que situações de Incumprimento têm consequências bastante negativas como, por exemplo, verem os seus nomes da lista negra do Banco de Portugal – consequência imediata de impossibilidade de pedir novos financiamentos a qualquer financeira até que a situação seja regularizada.

Quais são as desvantagens?

Quanto maior for o prazo de pagamento do seu crédito, mais juros terá de pagar – o que significa um montante total a liquidar maior. Por isso, apesar de ser crucial alargar os prazos para conseguir diminuir os encargos mensais, também é importante encontrar um bom equilíbrio entre as partes.

Outro ponto que o consumidor tem de ter em atenção é que, uma consolidação significa saldar as dívidas antigas e contratualizar um novo contrato com a nova dívida total. Ou seja, poderá ter de pagar taxas de amortização e imposto de selo pela contratualização do novo crédito.

Todavia, a maioria das desvantagens ficam por aqui. Se uma família tem um elevado número de encargos mensais e está com dificuldades em conciliar os pagamentos dos créditos com o aumento do custo de vida, a contratação de um crédito consolidado é dos caminhos que mais garantias vai dar de criar uma poupança mensal considerável.

Quem pode fazer uma consolidação de créditos?

Apesar de esta ser uma alternativa bastante interessante para muitos portugueses, infelizmente existem alguns requisitos que poderão impedir algumas famílias de avançarem com esta solução.

Para o consumidor conseguir avançar com o processo, deverá ter uma idade máxima de 80 anos, a soma dos créditos em dívida serem superiores a 5.000 €, ter residência oficial em Portugal, não se encontrar em situação de incumprimento com a banca e ter uma situação profissional que garanta à banca o pagamento da dívida.

Além disso, se algum dos créditos que pretende consolidar já tenha sofrido alguma renegociação anterior, esse mesmo crédito terá de ficar de fora do novo contrato.

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