Acessos rodoviários dos principais centros do País estão ‘na mira’ do protesto dos chamados ‘coletes amarelos’, esta sexta-feira de manhã, um movimento inspirado nos recentes protestos em França que também tem uma réplica em Aveiro.
A concentração assumida como apartidária e pacífica estava convocada para a zona da antiga estrada nacional 109, em Esgueira, junto ao acesso ao hipermercado Pingo Doce. Um local próximo do nó de acesso à A25.
Cerca de quatro dezenas de ativistas posicionaram-se na via desde manhã cedo, onde encontraram a PSP.
Pelas 9:00, os manifestantes invadiram mesmo o sentido sul – norte cortando a circulação rodoviária durante algum tempo.
O protesto foi sendo repetido a espaços, condicionando o trânsito em hora de ponta.
“Estou farto dos negócios dos banqueiros”, “Prendam os corruptos” eram alguns dos cartazes exibidos aos automobilistas de forma ordeira.
“Andamos desanimados, é preciso mostrar isso a quem gere este país. Começa-se a sentir o descontentamento com os compadrios, o povo é quem cada vez paga mais, sem justificação, continua a perder poder de compra”, alertou um dos participantes acreditando que a ação nas ruas “vai ter impacto”.
O protesto de “bloqueios momentâneos” estava a decorrer sem incidentes de maior, com a PSP a acompanhar os movimentos dos manifestantes, sem necessidade de usar da força.
O grupo da cidade de Aveiro acabaria por seguir para sul pela antiga 109, fazendo uma paragem na chamada rotunda da policlínica, causando novos constragimentos viários.
A norte, foi reportada a presença de ‘coletes amarelos’ na rotunda à saída de Arrifana, em Santa Maria da Feira, um ponto nevrálgico com acessos ao IC1, A32 e A47.
Os organizadores tentam “parar o país” como forma de expressar insatisfação com vários problemas, exigir diminuição de impostos como o IVA e o IRC, o fim do imposto sobre produtos petrolíferos, aumento do salário mínimo para os 700 euros, pensões mínimas de 500 euros, mais serviços públicos e medidas imediatas de combate à corrupção, em que os políticos são especialmente visados.
(em atualização)