‘Coletes amarelos’ fazem bloqueio na antiga 109 controlado pela PSP

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Foto: José Neves (jornalista / Aveiro)
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Acessos rodoviários dos principais centros do País estão ‘na mira’ do protesto dos chamados ‘coletes amarelos’, esta sexta-feira de manhã, um movimento inspirado nos recentes protestos em França que também tem uma réplica em Aveiro.

A concentração assumida como apartidária e pacífica estava convocada para a zona da antiga estrada nacional 109, em Esgueira, junto ao acesso ao hipermercado Pingo Doce. Um local próximo do nó de acesso à A25.

Cerca de quatro dezenas de ativistas posicionaram-se na via desde manhã cedo, onde encontraram a PSP.

Pelas 9:00, os manifestantes invadiram mesmo o sentido sul – norte cortando a circulação rodoviária durante algum tempo.

O protesto foi sendo repetido a espaços, condicionando o trânsito em hora de ponta.

“Estou farto dos negócios dos banqueiros”, “Prendam os corruptos” eram alguns dos cartazes exibidos aos automobilistas de forma ordeira.

“Andamos desanimados,  é preciso mostrar isso a quem gere este país. Começa-se a sentir o descontentamento com os compadrios, o povo é quem cada vez paga mais, sem justificação, continua a perder poder de compra”, alertou um dos participantes acreditando que a ação nas ruas “vai ter impacto”.

O protesto de “bloqueios momentâneos”  estava a decorrer sem incidentes de maior, com a PSP a acompanhar os movimentos dos manifestantes, sem necessidade de usar da força.

O grupo da cidade de Aveiro acabaria por seguir para sul pela antiga 109, fazendo uma paragem na chamada rotunda da policlínica, causando novos constragimentos viários.

Protesto ‘coletes amarelos’, rotunda da policlínica, Aveiro.

A norte, foi reportada a presença de ‘coletes amarelos’ na rotunda à saída de Arrifana, em Santa Maria da Feira, um ponto nevrálgico com acessos ao IC1, A32 e A47.

Os organizadores tentam “parar o país” como forma de expressar insatisfação com vários problemas, exigir diminuição de impostos como o IVA e o IRC, o fim do imposto sobre produtos petrolíferos, aumento do salário mínimo para os 700 euros, pensões mínimas de 500 euros, mais serviços públicos e medidas imediatas de combate à corrupção, em que os políticos são especialmente visados.

(em atualização)