O presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA) mostrou-se convicto que a ponta final deste ano novo traga a aprovação da candidatura do barco moliceiro e da arte da carpintaria naval da região à ‘Lista do Património Cultural Imaterial da Humanidade que necessita de Salvaguarda Urgente’ da UNESCO.
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“Cuidar e valorizar” do Barco Moliceiro e da Carpintaria Naval
Joaquim Batista, autarca da Murtosa, falava, em Aveiro, esta quarta-feira à tarde, na abertura de um encontro sobre o tema “Cuidar e Valorizar o Património Cultural Imaterial em Portugal” que foi organizado pela comunidade internacional com o parceiro técnico IPDT Turismo para assinalar o segundo aniversário da inscrição do ‘Barco Moliceiro: Arte da Carpintaria Naval da Região de Aveiro’ no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial.
O painel de oradores inclui, além de especialistas e técnicos, também representantes de autarquias com experiência em candidaturas apresentadas à UNESCO, como Melgaço (‘Pesca nas Pesqueiras do Rio Minho’) e Macedo de Cavaleiros (‘Festas de Inverno’, ‘Carnaval de Podence’) integraram o painel de convidados.
“Agradecemos aos que aqui vão dar testemunho, pela sua visão de como sentem necessidade de preservar o património imaterial dos territórios”, começou por aludir Joaquim Batista, lembrando o contributo da “especificidade e identidade” para ajudar a distinguir as regiões “num mundo cada vez global, em que tendemos a padronizar comportamentos, ações e formas de estar”.
Algo que o barco moliceiro, sublinhou o autarca, cumpre enquanto embarcação indissociável da matriz de identidade destas gentes ribeirinhas”, o que levou a CIRA “a dar expressão àquilo que era o sentimento da comunidade”, congratulando-se com a receptividade ao desafio para as forças vivas tomarem parte no encontro desta quarta-feira, notando a presença de “gente que tem paixão pelo barco, que continua ligada ao barco, gente do turismo e outros que são curiosos por estas coisas”.
“Acreditamos que esta sessão é apenas mais um marco nesse caminho. Faremos em março um ano em que submetemos a candidatura e podíamos ficar a aguardar a decisão final, mas entendemos que, independentemente da decisão, faz sentido dar continuidade. É apenas um dos vários momentos desta vontade de continuarmos a distinguir e afirmar o barco e a construção tradicional como identitário e diferenciador do território”, acrescentou Joaquim Batista.
O presidente da CIRA aproveitou para anunciar “outra sessão em breve” para apresentar o livro que recolhe “o rico acervo” do processo da candidatura do ex-líbris, de forma “a perpetuar estes saberes, forma de estar e sentir” em mais um esforço de garantir “memória futura”.
“Um processo de afirmação que estou certo culminará no final de 2025 com decisão positiva da UNESCO. Acreditamos nisso, as informações do caminho seguido pela candidatura vão nesse sentido”, disse, confiante, Joaquim Batista, advertindo que a resposta positiva “será um reforço de responsabilidade para continuarmos este caminho sem “saudosismos de voltar às origens e usos que exigiram o aparecimento” do barco moliceiro”, mas continuando a assegurar que a embarcação rainha da Ria continue a ser “diferenciadora” e capacitadora da “afirmação e desenvolvimento social e económico, que é o que desejamos”.
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