A Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA) ‘atira ao chão’ a velha reivindicação de assumir competências de gestão integrada da laguna atualmente dispersas pelos inúmeras entidades. Mas promete insistir com a pretensão logo no primeiro ‘caderno de encargos’ a enviar ao novo Governo, logo após a tomada de posse.
“Infelizmente passa mais um Governo que prometeu entregar a gestão da Ria à CIRA, que assumiu com clareza, trabalhou muito connosco, mas não honrou o compromisso. Descentralizar em Portugal é muito difícil e complexo”, lamentou Ribau Esteves questionado durante a conferência de imprensa a pretexto da apresentação do programa comemorativo dos 30 anos da criação da associação de municípios.
Tem sido a sociedade Polis Litoral Ria de Aveiro, já em liquidação, que tem assumido investimentos de valorização do território lagunar e litoral costeiro.
Os municípios da região estão disponíveis para dar continuidade e até aprofundar a gestão das áreas ribeirinhas. O que será recordado logo no primeiro ‘caderno de encargos’ com que habitualmente a CIRA brinda o Governo início de legislatura.
Declarações completas de Ribau Esteves
Ponte açude e sistema de defesa do Baixo Vouga são prioridades
Colocado em marcha o projeto de desassoreamento a cargo da Polis Litoral Ria de Aveiro (17,5 milhões de euros, que aguarda visto do Tribunal de Contas para a empreitada avançar, a CIRA está focada em outras duas obras emblemáticas.
A ponte açude do Rio Novo do Príncipe (7,5 milhões de euros), que está em fase de visto do Tribunal de Contas e fase final licenciamento ambiental , e o sistema primário de defesa do Baixo Vouga Lagunar (15 milhões de euros), em fase final de projeto de execução e em licenciamento ambiental, duas operações que representam a maior obra em envergadura financeira, com financiamentos comunitários assegurados. “Lutámos por estas obras há décadas e conseguimos financiar”, lembrou Ribau Esteves.
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