Cinco anos e nove meses de cadeia para cidadão chinês que plantava canábis em Cacia

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Tribunal de Aveiro.

O Tribunal de Aveiro condenou hoje a cinco anos e nove meses de prisão um cidadão chinês de 38 anos acusado de produzir canábis em duas estufas num armazém em Cacia, concelho de Aveiro, onde foram apreendidas 669 plantas em vasos que pesavam mais de 150 quilos.

O coletivo, segundo referiu a juiza presidente na leitura resumida do acórdão, “deu como provado” o envolvimento do arguido, “entre outros indivíduos”, na produção daquele estupefaciente e
remessa para o estrangeiro através do recurso do serviço transportadoras que contratavam. Só num dos casos, foram apreendidas cerca de 11.700 doses.

Além de tráfico de droga, o indivíduo, atualmente em prisão preventiva, estava também acusado de furto de eletricidade, através de uma ‘puxada ilegal’, mas não se provou que tenha sido o autor da ligação direta, sendo absolvido do crime, bem como do pedido de indemnização civil deduzido pela EDP (52 mil euros correspondentes ao prejuízo estimado).

O tribunal determinou a expulsão do cidadão chinês de Portugal, ficando também proibido de entrar no país durante cinco anos.

Acusado alegou que era “um mero empregado”

O homem, sem antecedentes criminais conhecidos, assumiu em parte o factos imputados, embora ressalvando que limitava-se a cumprir ordens de terceiros a troco de pagamento, “como um mero empregado”.

A advogada de defesa anunciou após a leitura do acórdão que o arguido deverá conformar-se com a pena, não recorrendo da sentença.

Pelo menos entre dezembro de 2018 até 10 de dezembro de 2019, o arguido ter-se-á dedicado à comercialização internacional de canábis com destino a países como Finlândia, Holanda e Alemanha. Foi detido ao entregar mais de seis quilos de canábis para entrega.

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