A equipa do Serviço de Neurologia do Centro Hospitalar do Entre Douro e Vouga (CHEDV) ganhou uma das bolsas atribuídas pelo programa ‘Building Better Tomorrow’, que é liderado pela Roche, para inovação na área das demências.
Quatro startups foram selecionadas para desenvolver seis ‘pilotos’ em hospitais e unidades de saúde portuguesas onde serão aplicadas “soluções inovadoras que melhorem a vida das pessoas com demência”, informa a unidade hospitalar com sede em Santa Maria da Feira.
‘NeoNeuro’, o projeto a aplicar no CHEDV, recorre a análise ao sangue com um protocolo e um equipamento próprio. Uma forma “não invasiva e mais simples de fazer uma previsão da possibilidade de um doente ter doença de Alzheimer”, refere o comunicado.
O trabalho em causa estará a cargo da equipa da Consulta de Memória do Serviço de Neurologia do CHEDV, com a colaboração do Serviço de Patologia Clínica.
Outros projetos
No âmbito do projeto ‘iLoF’, será criada no Centro Hospitalar Universitário de São João e na Luz Saúde uma base de perfis biológicos e biomarcadores que fornece ferramentas para uma triagem mais rápida e portátil de risco de demência, usando nomeadamente inteligência artificial.
Outro dos projetos premiados é o ‘Somatix’, que será aplicado no Campus Neurológico Senior e na CUF, utilizando uma bracelete que vai detetar gestos e movimentos para monitorizar ritmos de sono, risco de queda ou níveis de hidratação, com vista à redução das hospitalizações e idas desnecessárias ao hospital.
O último dos quatro projetos é o ‘Virtuleap’, a ser aplicado nos Hospitais Lusíadas, que utiliza óculos de realidade virtual e uma aplicação para analisar a capacidade cognitiva e prever sinais de demência, esta ferramenta permitirá aos hospitais e aos seus profissionais acompanhar cada doente.
Até setembro de 2022, as startups selecionadas para as atividades em ambiente hospitalar vão estar focadas em trabalhar em soluções adaptadas aos três desafios-chave previamente estabelecidas pelos parceiros: a educação e prevenção da doença; o diagnóstico precoce e melhorado; e, por último, a gestão da doença e apoio a doentes e cuidadores. Após aquela data, as soluções serão testadas no contexto real e apresentadas ao ecossistema de saúde.
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