‘Cerca sanitária’ de Ovar termina à meia noite, circulação de pessoas continuará com limitações

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Vigilância policial, Ovar.
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“Feita a avaliação com a Direção-Geral de Saúde (DGS) e ouvido o presidente da Câmara”, o Governo decidiu, como era esperado, fazer cessar, à meia noite de hoje, o estado de calamidade que vigorou durante um mês no concelho de Ovar devido a um surto comunitário de Covid-19.

Anúncio feito pelo ministro da Administração Interna, Educardo Cabrita, no final do Conselho de Ministros que serviu para colocar em marcha a segunda prorrogação do estado de emergência nacional no âmbito das medidas de mitigação da pandemia.

O Governo considerou que é possível, nesta altura, o levantamento do estado de calamidade em Ovar, terminando com a ‘cerca sanitária’, embora com algumas restrições já decretadas no estado de emergência.

O ministro deixou o “reconhecimento do esforço da população no cumprimento de regras muito estritas que permitiram uma significativa mitigação” da pandemia, levando, aquando do segundo período, que fosse possível, “em dialogo com a Câmara, a proporcionar a reentrada em funcionamento de atividades essências e escoamento de produtos”.

Será possível a circulação de pessoas, nomeadamente quem tem trabalho fora do concelho vareiro ou daqueles que necessitam de aceder aos seus empregos vindos de outras localidades, embora “mantendo regras muito especiais de organização empresarial”.

Está em causa, como foi adoptado já aquando da renovação do estado de calamidade, a limitação de trabalho a pessoas com menos de 60 anos, garantia de condições de higiene que previna a pandemia ou a limitação a um terço da força laboral, entre outras.

Segundo o ministro da Administração Interna, as forças de segurança, apesar de desmobilizarem dos postos de controlo que ocuparam durante as últimas semanas, “permanecerão de forma muito ativa no município”, garantindo “restrições idênticas”  às que sucederam durante a quadra da Páscoa, para “consolidar a evolução positiva que temos vindo a registar”.

“Não é possível ir passear a Ovar, comprar o pão de ló, que poderá ser exportado, ir às zonas balneares” exemplificou Eduardo Cabrita.

As deslocações para além dos limites são “essencialmente” para trabalhar, por motivos de saúde ou apoiar familiares e compra de bens essências. Não existe, de todo o modo, um conceito de circulação generalizada no País, lembrou  Eduardo Cabrita.

Ao final da tarde, a autarquia de Ovar, no seu ponto de situação da Covid-19, dava conta de 73 recuperados, 604 infectados e 25 óbitos.

Discurso direto

“O povo de vareiro está de parabéns, porque conseguiu ultrapassar esta fase da operação. Pode parecer uma boa notícia, mas traz-nos muita responsabilidade para todos, a consciência de cada um é que vai decidir o nosso futuro, temos de evitar o contágio com os nossos concidadãos – Salvador Malheiro, presidente da Câmara de Ovar

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(Informação ao minuto Covid-19 na RTP).

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