O Centro Escolar Visconde Salreu (CES) esteve em foco no Congresso “Rede Escolar – 20 anos de transformação”, organizado pela Delegação Regional do Centro da Direção Geral dos Estabelecimentos de Ensino (DGEstE) e pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), que se realizou nos dias 25 e 26 de maio, em Viseu.
Selecionado de entre todas as Escolas da Região de Aveiro que sofreram investimento de reabilitação ou construção ao longo dos últimos 20 anos, o CES foi o escolhido pela Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA) como exemplo de boas práticas construtivas, bem como de boas práticas pedagógicas.
O Vice-Presidente e Vereador da Educação da Câmara Municipal de Estarreja, João Alegria, fez a apresentação ao Congresso do Centro Escolar de Salreu, que faz 10 anos da sua construção, referindo tratar-se “de um projeto inovador com a excelência dos espaços e das vivências, cumprindo o então novo enquadramento legal e da política de reordenamento da rede escolar concentrando nos Centros Escolares com os benefícios para as aprendizagens das crianças da educação pré-escolar e alunos do 1.º ciclo.”
De acordo com o balanço feito pelo autarca “foi possível assim promover o combate ao abandono escolar, reduzindo-o a zero, melhorar as condições de aprendizagem, diversificar as interações dos alunos e promover a articulação vertical das aprendizagens, generalizar a utilização de meios pedagógicos e equipamentos impossíveis de garantir nas escolas isoladas, melhorar as condições de trabalho dos professores, com a grande vantagem pedagógica de se constituírem turmas de ano único.”
Solução arquitetónica/organização funcional
A construção deste estabelecimento de ensino representou um investimento total de 3.030 586,85€ da Câmara Municipal de Estarreja, com um apoio de investimento FEDER na ordem dos 2.575.998,83€.
A solução arquitetónica, desenvolvida pelo arquiteto Rui Rosmaninho, baseou-se em três aspetos fundamentais: construção de um edifício térreo sem barreiras arquitetónicas; aproveitamento da orientação solar; e cumprimento dos programas funcionais e legislação em vigor para um complexo desta natureza.
O edifício assume uma linguagem arquitetónica com um carácter contemporâneo, baseado em linhas simples e minimalistas, mas com profundo respeito pela envolvente paisagística. A construção pretendeu transmitir uma simplicidade formal e, ao mesmo tempo, destacar-se como elemento simbólico estruturante do tecido urbano, de modo a não provocar impactes visuais ou ambientais negativos.
Distinguiram-se de forma clara os espaços interiores para evitar possíveis conflitos entre as diferentes funções espaciais. Deste modo, destacam-se quatro setores: espaços sociais, espaços administrativos/direção, espaços de ensino e de apoio às atividades e o setor dos espaços de apoio geral (arrecadações, instalações sanitárias, balneários, central técnica, cozinha e respetivos espaços anexos). Os arranjos exteriores complementares ao edifício estão estruturados de modo a criar áreas com diferentes ambientes.
Novos espaços, nova Escola
Os novos espaços educativos potenciam novas formas de aprender e promovem a igualdade de oportunidades e o sucesso educativo.
Conforme afirma a Coordenadora de estabelecimento, professora Graça Ribeiro, “a escola que nós construímos diariamente no CES é uma escola que acredita mais no seu papel de fazer aprender do que simplesmente ensinar. É uma escola que apoia e encoraja a construção do conhecimento, preparando atentamente os percursos, avaliando, conhecendo cada criança e as suas potencialidades, pontos fortes ou não tão fortes, criando ambientes ativos de aprendizagem como quem ajuda a construir um caminho.”
“Uma escola que tenta, em cada dia, a colaboração com a família (vinda de pais à escola partilhar experiências profissionais, colaboração e contributo em projetos em que constroem, com os seus filhos, artefactos enquadrados em temas, projetos e épocas festivas, que posteriormente constituem exposições no polivalente) e com a comunidade alargada, sempre aberta a colaborar e a receber (saberes e pessoas) que connosco queiram interagir, pois sabe que essa relação é fundamental para a motivação, a autoestima e até para os resultados escolares de cada criança, estes últimos tantas vezes considerados como essenciais para o sucesso. A nossa escola quer também esse indicador de sucesso, mas não apenas esse.”
“À nossa escola, a nós docentes e não docentes, cabe não só o papel de reconhecer o potencial de cada espaço, de cada atividade proposta e de cada nova ferramenta partilhada, mas principalmente de encorajar e de apoiar a construção do caminho do saber ser, do querer aprender, do querer compreender o mundo, explorá-lo e sentir que cada um de nós tem nele o seu lugar, mas também o seu papel e a sua parte de responsabilidade.”
10 anos a construir caminhos
A escola funciona das 7h30 às 18h30, garantindo as respostas às famílias e aos seus educandos, com atividades de animação e apoio à família, para as crianças da educação pré-escolar, e das atividades de enriquecimento curricular e da componente de apoio à família para os alunos do 1.º ciclo, em complemento da atividade letiva.
Para além destas atividades da responsabilidade da autarquia, a Câmara Municipal continua a assegurar o transporte escolar das escolas de encerramento para o Centro Escolar de Salreu.
“Partilhando a alegria de fazer parte da descoberta do pequeno grão de areia que segura uma nova pedra do grande caminho”, como refere a professora Graça Ribeiro.
Câmara de Estarreja
Publicidade, serviços e donativos
» Está a ler um artigo sem acesso pago. Faça um donativo para ajudar a manter o NotíciasdeAveiro.pt de acesso online gratuito;
» Pode ativar rapidamente campanhas promocionais, assim como requisitar outros serviços.