Não se pode argumentar que é necessário dinamizar as localidades do Município de Ílhavo, os espaços públicos e comércio local, ao mesmo tempo que não existe uma séria aposta nos acessos pedonais e cicláveis, componentes necessários de uma rede de mobilidade alargada, onde também se inserem os transportes públicos.
Estes modos suaves de transporte assumem também uma grande importância ao minimizar impactos ambientais e energéticos do sector dos transportes e na melhoria dos índices de saúde pública.
Assim, é necessário desenvolver uma plano de mobilidade pedonal e ciclável, que previna a criação de novos obstáculos físicos – estreiteza de passeios, acessibilidade a pessoas com mobilidade reduzida, piso degradado, derrapante ou desadequado, acessos a garagens, mobiliário urbano, etc – ao mesmo tempo que promove a adaptação dos espaços e edifícios públicos existentes, aumentando a segurança e conforto destes.
Há muito que a CDU tem vindo a propor, nomeadamente na Assembleia da República, um plano nacional de promoção da bicicleta e outros modos suaves de transporte.
É necessário alterar o paradigma da mobilidade, trabalhando para reforçar alternativas ao uso do automóvel, ao mesmo tempo que se criam condições para o uso de outras vias por parte dos peões, modos suaves de transporte e transportes públicos.
Esta mudança de paradigma, urgente para a melhoria da qualidade de vida das populações e do ambiente, só é possível com uma visão estratégicas coerente e acompanhadas de vontade política de as executar.
A CDU tudo fará para dinamizar uma rede pedonal e ciclável que dê vida às ruas do Município de Ílhavo, adequando-se às vivências e usos deste.
A Comissão Coordenadora de Ílhavo da CDU.
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