Cave de estacionamento no Rossio “reduz tráfego” no coração da cidade

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Foto Juntos pelo Rossio.
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A cave de estacionamento que a Câmara de Aveiro deseja instalar no jardim do Rossio permitirá “perspetivar a redução em 40 por cento o tráfego” automóvel no bairro da Beira Mar, a zona histórica da cidade.

Garantia dada pelo presidente da edilidade ao intervir na reunião pública do executivo em resposta ao vereador Manuel Oliveira de Sousa (PS).

Para o eleito socialista, o parque subterrâneo “carece de estudos, enquadramento estratégico no conjunto”, envolvendo outros pontos da cidade, com “mais debate, maior consensualização” e contraria “a tendência” observada nas cidades de “retirar carros”, construindo “uma galinha de ovos de ouro para alguns”. Além disso, pode “comprometer” medidas que no futuro “sucessores” possam tomar nesse sentido, temendo que resulte “num elefante branco” e encargos financeiros por defraudar expetativas do eventual concessionário que venha a ser selecionado. O PS renovou a proposta de um referendo local sobre o projeto [Consultar tomada de posição do PS].

A Câmara de Aveiro, por proposta da maioria PSD-CDS, submeteu a discussão a primeira versão do estudo prévio do projeto de qualificação.

Ribau Esteves invocou os estudos de tráfego para garantir que a cave “não vai criar fluxos novos”, uma vez que os seus 263 lugares vão absorver os 140 atuais à superfície, acrescidos de cerca de 70 carros que habitualmente estacionam em infração no Rossio e proximidades.

O autarca revelou, entretanto, que a segunda versão do estudo prévio do projeto vai incluir uma mudança nas entradas e saídas do parque de estacionamento. Estava previsto o acesso pela rua João Mendonça e a saída para a ponte de São João. A alteração é incluir nesta última também condições para entrar, acautelando o eventual fecho da entrada junto ao café Gato Preto.

Discurso direto

“Estamos com uma grande operação de qualificação urbana, vai ser muito expressíva. O Rossio é importante mas apenas um de muitos projetos, que no conjunto têm sentido e lógica. Nenhuma das operações em curso no PEDUCA é para cumprir um objetivo per si, é para somar. O edifício Távora para a biblioteca. A antiga estação é para ter vida nova. Não são feitos per si, é somando. Por isso, arrancámos com a revisão do PDM, com a definição estratégia, o PEDUCA com quadro teórico, objetivos práticos e financiamentos. Há resposta para tudo no planeamento urbano abrangente. Há uma operação de qualificação total, está definida, que tem lógica de articulação”.

“No Facebook da Câmara o nota do estudo prévio no primeiro dia teve 150 comentários, 120 eram absolutamente a favor. Estava em curso um abaixo assinado a favor e recusei. Fazer um referendo era, basicamente, fácil para mim, mas não era prestar um serviço à democracia, não quero contribuir para a anarquia” – Ribau Esteves.

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