“Realmente já existe um número generoso de trabalhadores com mais de 25 anos”. Sérgio Dias, presidente da Casa do Pessoal do Porto de Aveiro, mostra-se sensibilizado com a homenagem inédita aos funcionários mais antigos em funções que a administração decidiu fazer no Dia do Porto de Aveiro, a 3 de abril.
Um período que remonta ainda à antiga Junta Autónoma do Porto de Aveiro (JAPA), a que a Administração do Porto de Aveiro (APA) sucedeu em 1998, passando a ter enfoque na área comercial ligada a movimentação de mercadorias
O âmbito do trabalhador portuário “foi crescendo, especialmente na acumulação de funções”, refere o presidente da Casa do Pessoal entrevistado no espaço quinzenal da Comunidade Portuária de Aveiro (CPA) transmitido na Rádio Voz da Ria. “Entrou muito pouca gente, saiu bastante. Acumulamos funções. Os quadros superiores são praticamente comuns ao Porto da Figueira, que também faz parte da mesma empresa”, lembrou Sérgio Dias.
“Sentimos que há uma necessidade de resposta a novos desafios. A estiva hoje é feita por operadores privados, era exclusivamente da administração portuária”, explicou Sérgio Dias que está no Porto de Aveiro há 21 anos, tendo acompanhado a ampliação do porto e o desenvolvimento de novos projetos.
Os trabalhadores portuários estão confiantes no crescimento do Porto de Aveiro. “Temos uma área de reserva imensa, somos muito competitivos em termos de futuro, não existem constragimentos que outros portos têm, podemos crescer”, sublinhou o presidente da Casa do Pessoal, apontando, por exemplo, o projeto da área intermodal nova, um interface rodo-ferroviário para logística.
O Porto de Aveiro tem 95 trabalhadores do quadro. A Casa do Pessoal, existente há três décadas, representa também reformados e outros associados, não do quadro, por isso sem direito a voto. No total, são cerca de duas centenas de pessoas. A associação tem atividades nas áreas da cultura (destaque para o coro) do desporto (com uma ativa secção de pesca) e de recreio.
