Câmara já tem terreno disponível para contentores da extensão de saúde provisória de Angeja

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Albergaria-a-Velha, Paços de Concelho.

A Câmara de Albergaria-a- Velha está a apoiar a instalação de contentores destinados a acolher a Unidade de Saúde de Angeja.

As consultas passarão a funcionar provisoriamente num terreno municipal que, até há pouco tempo, tinha o direito de superfície cedido à Comissão de Melhoramentos da Freguesia de Angeja.

O acordo alvo de reversão previa a instalação de um pavilhão desportivo, entretanto construído em outro local.

A parte da parcela em causa voltou à posse plena da edilidade que, por sua vez, aprovou o contrato de comodato proposto pela Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC).

Os contentores irão funcionar enquanto durar a execução da empreitada de construção do novo edifício da Unidade de Saúde de Angeja.

Os terrenos estão a ser alvo de terraplanagens, num investimento de quase 70 mil euros suportado pela Câmara.

O acordo com a ARSC foi aprovado com duas abstenções dos vereadores do PSD. Para o social democrata Licínio Pimenta, o contrato “vem confirmar a existência de uma estratégia concertada entre o Ministério da Saúde e a Câmara Municipal”, contrariamente ao que fora referido pela maioria liderada por António Loureiro (CDS), que remetia para a tutela “competências exclusivas” na decisão.

O eleito do PSD entende que “a saúde é uma área sensível e carece de uma estratégia municipal, da qual deveria ser dado conhecimento”. Uma vez que o PSD desconhece a estratégia, absteve-se na votação.

Da análise do protocolo com a ARSC, Licínio Pimenta “deduz estar em curso a elaboração de uma estratégia para a zona do Baixo Vouga e não somente para a freguesia de Angeja”, antevendo a criação de uma Unidade de Saúde Familiar (USF).

A oposição tem mostrado receito com uma eventual concentração de extensões de saúde até agora dispersas pelas freguesias.

O líder da edilidade garante a “defesa dos interesses de toda a população do município e não só da freguesia de Angeja”.

O modelo de atendimento é, no entanto, como referiu António Loureiro, uma “competência do Ministério da Saúde”, admitindo que possa ser condicionado pela falta de médicos.

A Câmara está, por isso, disposta a colaborar para assegurar mais recursos e horários de atendimento alargados.

Os ajustamentos feitos nos cuidados de saúde primários levaram já ao fecho da extensão de Frossos, com a transferência dos utentes de Alquerubim e Frossos para S. João de Loure.