“Ao abrigo do estado de necessidade”, o município de Anadia decidiu esta quinta-feira forçar a entrada nas instalações devolutas escolas EB 2/3 e Secundária de Anadia.
A autarquia bairradina invoca “o perigo iminente” que os antigos edifícios escolares “representam para a segurança e saúde públicas”.
Uma ação de limpeza que decorre depois de tentativas fracassadas junto da administração central.
“Estamo-nos a substituir ao Estado, já notificámos o Estado há vários anos, nada faz, nomeadamente na limpeza. Está a olhos vistos, é um verdadeiro incómodo, um mau cartão de visita às portas da cidade. É lamentável que o Estado não utilize mas também não permite que se utiliza”, afirmou Teresa Cardoso, presidente da edilidade.
As escolas encontram-se desativadas desde 2015, quando foi inaugurada a nova EBS de Anadia.
Além da degradação, os velhos edifícios ficaram à mercê da delinquência causando insegurança junto a uma das principais entradas na cidade.
Um terreno, atualmente nas mãos da Direção-Geral do Tesouro e Finanças, que a autarquia tenta há vários anos adquirir para outros fins, tendo avançado com um acordo de permuta.