O presidente da Câmara de Aveiro afastou “qualquer interesse” para instalar serviços municipais ou de organismos públicos no edifício da antiga dependência da Caixa Geral de Depósitos (CGD), no centro da cidade (junto à chamada ponte praça), que a instituição bancária do Estado colocou à venda por 3,4 milhões de euros
O assunto foi discutido esta sexta-feira à noite na Assembleia Municipal a pretexto de uma moção apresentada pela bancada bloquista.
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Ribau Esteves explicou que a possibilidade de utilizar o imóvel de escritórios na Rua dos Galitos foi analisada pela autarquia “há muito tempo” para serviços municipais e de organismos desconcentrados do Estado que precisam de instalações na cidade.
Uma visita levou a concluir, no entanto, que não reunia as condições necessárias. Em área útil de trabalho, “tem pouco mais de 10% do que o serviços precisam” e a organização interno “é a negação do que hoje se pede” para espaços de trabalho.
“É um excelentíssimo edifício, num fantástico local. Espero que se interessem por ele. Tive nota de algumas intenções”, referiu o autarca, considerando que a CGD pede “um valor alto”, mas “parece razoável para negociação”.
“Da nossa parte, não tem qualquer interesse e não a vale a pena misturar com a escola Homem Cristo”, vincou.
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A moção bloquista foi rejeitada por maioria. Apenas os deputados do BE votaram a favor. Registaram-se abstenções do PCP (1), do PAN (2) e do PS (2).
Joana Lima, da bancada comunista, disse que, apesar de ser sensível ao “uso público”, a moção do Bloco “tem erros e é muito confusa”, nomeadamente na abordagem ao futuro da secundária Homem Cristo.
Gabriel Bernardo, do Chega, não vê que haja problemas no aproveitamento do edifício para fins hoteleiros, ouvida a Câmara sobre o futuro do espaço.
Pedro Rodrigues, do PAN, justificou a abstenção por o partido manter dúvidas.
Para Jorge Greno (CDS) “não faz sentido” a proposta ser colocada na Assembleia Municipal, uma vez que a decisão pertence à CGD e ao seu acionista.
Pedro Pires da Rosa (PS) não concordou com uma moção sobre o que uma empresa vende ou controla. Além disso, “mistura a escola” com o negócio. Admitiu, ainda assim, que o uso do edifício para serviços municipais seria melhor, remetendo a a avaliação para a Câmara.
Já para Manuel Prior (PSD), “a proposta do Bloco não tem pés por onde se pegue”, estando convicto que “o dono vai vender a quem vender mais”.
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