Câmara “arrisca” na ampliação do hospital confiante no próximo quadro comunitário

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Antigos armazéns gerais, Aveiro.
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O presidente da Câmara de Aveiro acredita que “o compromisso entre pessoas de bem” para a ampliação e requalificação do hospital de Aveiro para a zona dos antigos armazéns e o ‘velhinho’ estádio Mário Duarte irá resultar no avanço de uma obra que está “atrasada 15 ou 20 anos”.

Questionado pelo vereador do PS Manuel Oliveira de Sousa sobre “as garantias” para o avanço do projeto, nomeadamente de disponibilidade orçamental para o investimento estimado em 120 milhões de euros, isto numa altura em que a autarquia assume mais encargos para disponibilizar os terrenos, Ribau Esteves assegurou que “qualquer das partes está empenhadíssima”.

A “estratégia montada” pelo Centro Hospitalar do Baixo Vouga (CHBV), Câmara de Aveiro e Universidade de Aveiro (UA) “também envolve o Ministério da Saúde ao mais alto nível” e já com interações feitas com a atual ministra, adiantou Ribau Esteves.

A autarquia entra no acordo de ampliação e requalificação com a cedência do terreno dos antigos armazéns e do estádio (50 mil metros quadrados) para ali serem edificados os blocos destinados à Consulta Aberta e ao Centro Académico Clínico, em fase de estudos prévios, indo ao encontro, garantiu o autarca, das prioridades definidas pelo hospital para ocupar as novas edificações que podem demorar quatro a seis anos.

Sobre o financiamento, Ribau Esteves lembrou que os municípios da região colocaram o projeto entre “a primeira prioridade” na próxima vaga de fundos europeus, tendo ainda a esperança de ser possível utilizar comparticipações do atual quadro comunitário para as primeiras necessidades. “Estamos tranquilos, apesar de sermos o parceiro que mais arriscou”, afirmou.

O edil não vê necessidade de aguardar “mais algum tempo” antes da demolição do Mário Duarte como sugeriu o vereador Manuel Oliveira de Sousa, que lembrou a ausência de recinto alternativo para as atividades que o Beira-Mar desenvolve no local. “Temos de de criar condições para que o objetivo seja concretizado, o projetista não pode iniciar o seu trabalho com um estádio da bola ali”, referiu Ribau Esteves.

O executivo deliberou abrir concurso público para a requalificação da zona do antigo estádio (demolição e limpeza) pelo preço base de 631.990 euros (+IVA).

A Câmara está já a concluir o concurso os novos campos para a futura academia do Beira-Mar junto ao estádio municipal. Surgiram oito propostas, metade das quais foram consideradas válidas. Em próxima reunião de executivo, será aprovada a adjudicação ao vencedor.

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