Meio milhar de interações com empresas, quatro novos métodos de ensaio e cerca de 130 produtos relacionados com a Covid-19 avaliados. Este é o balanço de meio ano de trabalho do projeto ‘Calçado Solidário @Footure’ que foi dinamizado pelo Centro Tecnológico do Calçado de Portugal (CTCP) a partir da sua sede em S. João da Madeira.
A resposta ao desafio lançado pela Agência Nacional de Inovação (ANI) em abril passado, no âmbito do projeto ‘Inov 4 Covid-19’, ao qual o cluster do calçado e moda se associou, incluiu ainda a criação dos rótulos “Testado CTCP Covid-19”, “Calçado lavável” e “Calçado esterilizável”, as distinções que permitem aos utilizadores reconhecerem produtos em conformidade com as especificações definidas.
A indústria nacional do calçado disponibilizou a sua unidade de Investigação & Desenvolvimento (I&D) centrada nos laboratórios e serviços de apoio a empresas a partir da ‘cidade do labor’ para ajudar a satisfazer as necessidades do mercado.
Segundo o CTCP, durante os seis meses de duração do projeto foi possível implementar novos sistemas de testes e métodos de ensaio em materiais e produtos destinados à proteção contra o Covid-19, nomeadamente para garantir exigências de respirabilidade, impermeabilidade e lavagem aplicáveis a calçado de moda, trabalho, luvas ou máscaras sociais/comunitárias.
Objetivos do projeto
» Contribuir para a rápida colocação no mercado de produtos que cumprem com as normas aplicáveis na situação epidemiológica motivada pelo SARS-CoV-2 e doença Covid-19, bem como contribuir para a promoção de novas cadeias de produção nacional de máscaras que asseguram maior autonomia do País nestes produtos críticos e constituem novas áreas de negócio internacional das empresas deste cluster;
» Resposta rápida e efetiva às solicitações colocadas pelas empresas em termos de avaliação e certificação de calçado, luvas, máscaras sociais, cirúrgicas ou respiradores e viseiras.
Discurso direto
“Mais uma vez as empresas portuguesas deram prova da sua capacidade de inovação e adaptação, tendo em tempo recorde reunido competências, pesquisaram e adquiriram os materiais, produziram e doaram milhares de máscaras, viseiras e calçado aos hospitais, municípios e lares, entre outros na atualidade, muitas destas empresas transformaram esta aposta uma nova área de negócio que deverá contribuir para a resiliência do Cluster e de Portugal” – Maria José Ferreira, responsável de Investigação e Qualidade do CTCP.
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