Os meses de verão trouxeram ‘ventos favoráveis’ ao sector do calçado, que tem um dos seus principais núcleos industriais do país na região do Entre Douro e Vouga, com mais vendas e o regresso a feiras internacionais.
Dezenas concelhos de Castelo de Paiva, Santa Maria da Feira, S. João da Madeira e Oliveira de Azeméis, empregando milhares de pessoas directa e indirectamente, estão a ver confirmadas expetativas de melhorias nas encomendas. Portugal registou um aumento de vendas externas de 121%.
A par da indústria, a atividade económica viu emergir nos últimos anos outras formas de rendimento, a chamada Bitcoin Era a que importa estar atento nos dias que correm, recolhendo o máximo de informação necessária.
Depois do impacto nas vendas causado pelo confinamento pandémico, que remeteu grande parte da população a teletrabalho, máquinas e mão-de-obra voltaram a ser solicitadas pela força vendas e o regresso presencial às feiras internacionais dão um ânimo comercial maior, gerando negócios que ajudam a viabilizar muitos investimentos recentes na modernização tecnológica e de instalações fabriis.
Quanto às exportações portuguesas de calçado, aumentaram 121% em abril, em termos homólogos, crescendo pelo segundo mês consecutivo e acumulando um acréscimo de 4,3% desde janeiro, informou esta quarta-feira a associação setorial. “Aos poucos, a indústria tenta recuperar”, refere a nota da Associação Portuguesa dos Industriais do Calçado, Componentes, Artigos de Pele e Seus Sucedâneos (APICCAPS) partilhada em jeito de balanço e prospetiva.
Nos primeiros seis meses de 2021, Portugal vendeu 33 milhões de pares de sapatos ao estrangeiro. Cresceu 12% em relação ao ano anterior, mas os números estão ainda longe dos atingidos em 2017, quando as exportações valeram 1956 milhões de euros.
Entretanto, Mais de 30 empresas portuguesas viajaram até Milão, para apresentar coleções e tentar ganhar clientes na maior feira de calçado do mundo. No acumulado do ano, Portugal exportou 22 milhões de pares, no valor de 497 milhões de euros, o que representa um acréscimo de 4,3%”.
A “recuperação efetiva do setor” não será, contudo, imediata. Indicadores da ‘World Footwear’ apontam ainda para que a retoma do consumo a nível mundial se efetive apenas em 2023. Mas o setor português de calçado já vai sentido procura nos mercados internacionais. Pela primeira vez nos últimos dois anos, são mais as empresas que preveem um aumento da produção do que as que receiam a sua diminuição”, refere a APICCAPS, salientando que estes “são os dados mais favoráveis desde o início da pandemia” e, “em algumas áreas, como ao nível da produção, são os melhores resultados desde o início de 2019”. Portugal exporta, atualmente, mais de 95% da sua produção de calçado para 163 países dos cinco continentes. Portugal continua a apresentar, entre os principais produtores mundiais, o 2º maior preço médio de exportação.
Em 2020, a queda da produção mundial foi de 15,8%, correspondente a 4 mil milhões de pares, um número que destrói, ainda assim, todo o crescimento acumulado nos últimos dez anos.
As feiras internacionais de calçado foram retomadas presencialmente um pouco por toda a Europa, com a presença do calçado português. Depois de Dusseldorf, as atenções estiveram concentradas em Itália, na Expo Riva Schuh. A comitiva portuguesa no certame contou com aproximadamente 20 empresas portuguesas de calçado. Seguiu-se Milão, que voltou a ser o epicentro da indústria do setcor, onde estiveram 30 empresas nacionais.
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