O Tribunal de Aveiro condenou, esta tarde, a penas de prisão, uma das quais efetiva, três indivíduos que terão preparado um assalto à mão armada a uma loja de compra de ouro em fevereiro de 2017 na cidade de Esmoriz, concelho de Ovar.
Um quarto acusado, ausente em parte incerta, foi declarado contumaz, devendo ser julgado em separado quando vier a ser localizado.
Dos arguidos que estiveram presentes em audiência, um deles, de 36 anos, natural do Porto, encontra-se recluso a cumprir pena de cadeia. Responderam ainda em tribunal dois empregados de mesa, um dos quais radicado na Inglaterra.
Os indivíduos estavam acusados de falsificação de documento e detenção de arma. A um deles foi imputado ainda o crime de condução ilegal.
Um dos arguidos beneficiou de pena especialmente atenuada, porque tinha menos de 21 anos, assim como da ausência de antecedentes e inserção laboral. Acabaria condenado por falsificação e posse de arma a um ano e três meses, em cúmulo jurídico, com pena suspensa mas sujeita a obrigações.
Um segundo arguido viu-lhe ser aplicada a pena única de dois anos e três meses, por posse de arma e falsificação, que ficou igualmente suspensa, com regime de prova.
A pena mais pesada, três anos e meio, a cumprir, recaiu no terceiro arguido, que além de falsificação e posse de arma estava acusado também por condução sem carta. O coletivo justificou a reclusão pelo percurso criminal, com condenações diversas e perante as quais revelou “insensibilidade”.
Em tribunal, o grupo remeteu-se ao silêncio, mas o coletivo de juízes, no acórdão, lembra as provas recolhidas da preparação do assalto e não encontra razões que expliquem a fuga dos suspeitos após serem denunciados.
A 13 de fevereiro de 2017, pelas 8:30, os arguidos deslocaram-se a Esmoriz numa viatura ligeira de passageiros propriedade da mãe de um dos arguidos, mas com matrícula de outro veículo.
Um cidadão estranhou a presença do carro estacionado junto a um estabelecimento de compra de ouro e alertou a GNR. Aquando da abordagem da patrulha, os militares aperceberam-se da existência de uma caçadeira. Quando o veículo iniciou a marcha, um dos militares ainda fez um disparo para o ar. O veículo colocou-se em fuga a grande velocidade, despistando-se mais adiante.
Os ocupantes prosseguiram a fuga apeada, deixando para trás uma espingarda caçadeira de canos cerrados. Mais tarde acabariam por ser detidos pela Guarda. Um deles ainda tentou esconder-se na lagoa da vizinha freguesia de Paramos.