A Polícia Judiciária (PJ) e a Autoridade Tributária (AT) levaram a cabo, no dia de ontem, 40 buscas domiciliárias e não domiciliárias, incluindo na zona de Aveiro, por suspeitas da prática dos crimes de fraude fiscal qualificada e branqueamento em processo-crime que corre termos no Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa relacionado com um esquema de faturas falsas.
“O modus operandi consistia na utilização de um circuito fictício de faturação, mediante a simulação de compras e vendas que não correspondiam a efetivas transações de bens, superiores a 10 milhões de euros”, refere um comunicado hoje divulgado sobre a “Operação Stonehenge”.
Seguindo a PJ, “esta atividade foi levada a cabo por diversas sociedades a operar no mercado das pedras ornamentais, na zona centro do país, com recurso aos comummente designados ‘testas de ferro’, tendo permitido obter reembolsos indevidos de IVA superiores a 1 milhão e 800 mil euros.”
“Os elevados proventos obtidos foram posteriormente canalizados para a aquisição de património imobiliário, registado em nomes de terceiros”, acrescenta o comunicado.
A realização das buscas serviu para “obter elementos de prova que permitam em breve concluir o inquérito.”
A operação policial realizou-se através da Unidade Nacional de Combate à Corrupção, com apoio da Diretoria do Centro e Departamentos de Leiria e Aveiro, bem como da Direção de Finanças de Lisboa (DFL).