Brasil aposta em Aveiro como porto seguro para a internacionalização tecnológica

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Aveiro Tech Week, 2024.
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O Embaixador do Brasil em Portugal, destacou, esta tarde, em Aveiro, o potencial para os dois países da instalação na ‘cidade da Ria’ do Porto Digital Recife, o maior distrito de inovação tecnológica do Brasil, que, um ano depois da chegada, deu mais um passo no seu processo de internacionalização (pioneira entre os centros de desenvolvimento e inovação do ‘país irmão’) ao inaugurar a sua sede, que será, também, a “porta de entrada” na União Europeia (UE).

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Raimundo Carreiro, que falava na abertura da ‘Aveiro Tech Week’, garantiu que as start up, centros de pesquisa e empresas brasileiras “estão capazes de concorrer” ‘fora de portas’, considerando que “a partilha de laços culturais e valores comuns” com Portugal, “um ponto priviliegiado que vai facilitar parcerias de negócios, uma inovação de maneira mais fluída e a criação de redes colaborativas”, permitindo “agir de forma mais ágil e eficiente”.

“Acredito que temos muito a aprender uns com outros, seja no desenvolvimento, na formação de mão-de-obra qualificada ou políticas públicas para a inovação (…), partilhando tecnologias de ponta e mostrando como podemos cooperar de forma estratégica. Portanto, podem contar com o nosso apoio para integrar ainda mais os nosso ecossistemas de inovação”, sublinhou o Embaixador do Brasil.

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Autarca defende apoios estatais para evento tecnológico aveirense

Aproveitado a presença de Castro Almeida, ministro Adjunto e da Coesão Territorial, o  presidente da Câmara lembrou na abertura oficial da quinta edição da ‘Aveiro Tech Week’ que “o evento tem vida anualmente” graças ao envolvimento municipal e de empresas associadas sem apoios estatais normalmente aplicados apenas em Lisboa, impondo-se, segundo reivindicou, que “a aposta na coesão” do Governo atual traga, também, outra forma de distribuição deste tipo de financiamento.

Ribau Esteves aproveitou para “dar nota” do que a iniciativa dedicada às tecnologias na cidade que foi berço das telecomunicações em Portugal “vai vivendo de novo”, referindo que hã novas áreas a explorar por força, por exemplo, dos cursos de medicina ou engenharia aeroespacial abertos na Universidade de Aveiro, o segundo dos quais poderá vir a aproveitar a cedência ao município do aeródromo de São Jacinto para “desenvolver projetos piloto”, aproveitando financiamentos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) ou da nova vaga de fundos europeus do programa Portugal 2030.

Veículo autónomo em adjudicação e tecnologia a ajudar no projeto da antiga lota

“A Câmara está agora a adjudicar o nosso veículo autónomo”, adiantou o edil sobre um projeto que tem sido apresentado em ações demonstrativas realizadas em anteriores edições da ‘Aveiro Tech Week’.

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Outras apostas municipais passam pelo desenvolvimento projeto do Bairro Comercial Digital de Aveiro e o envolvimento nas redes urbanas ligadas às cidades da Economia Azul, que facultará, espera-se, instrumentos para aplicar “tecnologia inovadora” na expansão urbanística da antiga lota, de forma “a ajudar a cuidar da relação com a natureza”, que ali é “particularmente delicada”. O autarca, destacou, a terminar, o festival PRISMA, um instrumento de produção cultural de base tecnológica.

Discurso direto

“No relatório ‘O futuro da competitividade europeia’ Mario Draghi aponta a hipótese de declínio para a Europa se não fizermos nada. Temos de fazer. A nossa geração tem uma oportunidade de dar a volta. O essencial é tomar consciência do papel central das políticas públicas na competitividade da economia e produtividade das empresas. É central, mas fala-se pouco disto.
O Governo acredita nas empresas privadas. Sem dúvida. O Estado deve apoiar com critério mas não escolher os sectores, é apoiar todos que apostem na inovação e crie postos de trabalho, de qualquer sector, esse é deve ser decisivo para apoiar. O desenvolvimento e inovação, que vem do conhecimento que está na Universidade de Aveiro até à fatura que está na fábrica, tem um custo enorme e tem de ser custeado pelo Estado. Ver uma Câmara juntar empresários de inovação e empenhar-se neste fator central da nossa competitividade é muito motivador” – Manuel Castro Almeida, ministro Adjunto e da Coesão Territorial.

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