A defesa do Comando Nacional de Bombeiros, em curso, mas já com etapas ganhas, é outro objetivo importante, não só pelo que isso contribui em termos operacionais, mas também em termos culturais, ou seja, no que por essa via se valoriza e reforça a identidade dos Bombeiros.
Por António Nunes *
Passou, a 8 de janeiro, um ano sobre a posse dos atuais órgãos sociais da Liga dos Bombeiros Portugueses, para o quadriénio 2021/2025.
Esta data implica, porventura, um balanço do trabalho já realizado e dos desafios lançados, no cumprimento dos objetivos traçados pelos 29 elementos que os compõem. Estes, mantém o ânimo e a determinação com que iniciaram o mandato cientes de que as dificuldades que inevitavelmente vão surgindo constituem, acima de tudo, desafios.
Num ano foi possível cumprir um conjunto de compromissos a que os 29 se haviam comprometido, desde logo, a descentralização das reuniões do conselho executivo associadas a reuniões com as direções das federações e com as associações e corpos de bombeiros de cada distrito.
Vencer a entropia existente nas portagens para os VDTD ( transporte de doentes não urgentes) foi um objetivo também plenamente alcançado, ultrapassando assim uma década de resistência por parte das concessionárias das autoestradas para aceitar a sua gratuitidade.
A defesa do Comando Nacional de Bombeiros, em curso, mas já com etapas ganhas, é outro objetivo importante, não só pelo que isso contribui em termos operacionais, mas também em termos culturais, ou seja, no que por essa via se valoriza e reforça a identidade dos Bombeiros.
Tocante à Saúde decorre um processo de revisão dos acordos, quer para o transporte de doentes, quer para o pré-hospitalar, processo dinâmico que já atingiu alguns patamares, mas cujos resultados estão ainda aquém do pretendido pela Liga. Desde logo, o tipo de abordagem destas questões, de conjunturais a estruturais.
Outra questão crónica para a qual a Liga defende o mesmo tipo de abordagem, o subfinanciamento das associações, e que irá ocupar grande parte das preocupações em 2023.
Em conclusão, a postura dos 29 elementos, comandantes e dirigentes, dos órgãos sociais da Liga não se pauta pelo gerar qualquer tipo de polémica. É certa a sua determinação e convicção na defesa dos Bombeiros, das Associações e dos próprios portugueses. E, nesse sentido, essa defesa poderá implicar formas porventura interpretadas como musculadas. Contudo, os 29 apenas têm como objetivo a busca de soluções. E exatamente para isso, está também convocado o Congresso Nacional Extraordinário em 11 e 12 de março em Gondomar.
* Presidente do Conselho Executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses.
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