Bloco de Esquerda reivindica resposta da Câmara Municipal à crise pandémica

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Rio Águeda.

O Bloco de Esquerda exige à Câmara Municipal de Águeda uma resposta solidária à crise económica, gerada pelo contexto pandémico que se vive e que, agora, se agrava. O BE considera que uma autarquia, como a de Águeda, que, em 2019, geriu mais de 30 milhões de euros, tem que fazer mais na mitigação das desigualdades sociais que se agravaram violentamente em 2020. O executivo municipal já devia, pelo menos, ter explicado qual a estratégia que está ou vai seguir.

Relembramos que no sistema económico atual, é mais eficaz assegurar que as famílias não sofram graves quebras de rendimento, do que investir em estímulos indiretos ao consumo. Afinal, se a classe trabalhadora se vir impedida de comprar, por força da crise económica e sanitária que decorre, não haverá quem faça compras durante as festividades típicas do fim de ano.

Em julho de 2020, propusemos 15 medidas de combate à pobreza, que se tivessem sido implementadas, hoje as populações mais pobres estariam menos vulneráveis à subida alarmante dos casos de contágio de COVID-19. Em setembro deste ano, também alertámos a Câmara Municipal de Águeda a salvaguardar o conforto, a saúde e a segurança de todos os utentes da rede de Unidades de Cuidado de Saúde Primários. Nem uma, nem outra proposta mereceram resposta, ou acolhimento do poder local, o que é, para nós, incompreensível.

Por outro lado, tem-se tornado evidente a “aliança” entre apoiantes e eleitos do Juntos e fanáticos da extrema direita, especialmente no espaço digital. Estas novas fações populistas não escondem o ódio que têm aos pobres, nem a qualquer munícipe que exija mais solidariedade dos decisores que são pagos e gerem o fruto do trabalho de toda a população. Em tempos de crise, o desprezo para com as camadas mais pobres não é uma solução, mas sim o início do fim dos valores de humanidade que pautam uma sociedade digna e com futuro.

Bloco de Esquerda de Águeda

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