O Bloco de Esquerda entende que o Governo deve dar “explicações” sobre a problema de “sobrelotação das urgências e suspensão de cirurgias” no Hospital de S. Sebastião, na Feira.
“Verificam-se situações de macas nos corredores, falta de cadeiras para todos os pacientes e tempos de espera que em muito excedem os tempos máximos para atendimento. Existem relatos de utentes que permaneceram mais de 8 horas nas urgências, tendo alguns esperado mais de 10 horas”, alertam os bloquistas em comunicado,
Uma situação que levou o hospital a contratar 30 camas de internamento numa unidade privada e suspender a sua atividade cirúrgica, “com as exceções das cirurgias urgentes e oncológicas”. Está criada ainda uma Unidade de Internamento Transitório, com capacidade adicional de 11 camas.
O BE lembra que tem “sucessivamente alertado para os riscos da concentração de recursos do Hospital de S. Sebastião e de todo o Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga”.
Entende que “é preciso perceber se a capacidade de resposta das urgências dos hospitais de S. João da Madeira e de Oliveira de Azeméis”, e se a mesma “está a ser plenamente aproveitada, assim como a sua capacidade de internamento.”
Embora tenha existido a contratação de 14 enfermeiros e o mesmo número de assistentes operacionais para reforçar o Hospital de São Miguel, em Oliveira de Azeméis, o Bloco quer saber se este reforço de profissionais efetuado ao abrigo do plano de contingência “é suficiente para as necessidades de todo o centro hospitalar.”
“Não se pode aceitar o internamento em macas nos corredores de hospitais, nem o cancelamento de cirurgias por falta de resposta de internamento”, lê-se no comunicado em que o Bloco de Esquerda pede esclarecimentos sobre a falta de profissionais, ausência de resposta da rede de cuidados continuados e o aproveitamento da capacidade de todas as unidades do CHEDV.
O partido, que levou o assunto à Assembleia da República pelo deputado Moisés Ferreira, deseja saber ainda qual é o custo anual com o internamento de utentes em entidades privadas” e se esse dinheiro não deveria estar a ser utilizada para reforçar a resposta do centro hospitalar.”