O Serviço Nacional de Saúde está a braços com uma situação muito difícil. A falta gritante de profissionais impede o funcionamento pleno dos seus vários serviços; a falta de equipamentos e recursos tecnológicos empurram cada vez mais utentes e os tempos de espera não param de aumentar.
A consequência? Hoje existem muito mais utentes sem médico de família do que há 2 ou 3 anos; existem mais serviços fechados e, portanto, uma saúde mais longe da população; os utentes são obrigados a pagar cada vez mais do seu próprio bolso para aceder a cuidados de saúde.
O Governo do PS assobia para o lado e tenta esconder este grave problema com o anúncio de reformas que só agravarão os problemas já existentes.
Em vez de contratar mais profissionais e de investir mais no nosso Serviço Nacional de Saúde, o Governo limitou-se a dizer que agora o SNS se organizaria em Unidades Locais de Saúde. Mas essa jogada, que não passa de mera gestão, não é boa notícia para os utentes. O que o Governo pretende fazer é uma péssima notícia para Ovar.
Com a criação de uma Unidade Local de Saúde – e a inclusão de Ovar na ULS de Aveiro – a saúde ficará mais distante das pessoas.
As ULS que já existem no país não mostraram ser melhores para os utentes. Quem o diz é a Associação Nacional das Unidades de Saúde Familiar e a Entidade Reguladora da Saúde. O que estas entidades dizem é que nas ULS existentes aumentou a demora no acesso a consultas, os tempos de internamento e o custo com os medicamentos. Ou seja, os cuidados de saúde não melhoraram. Pelo contrário.
No caso de Ovar a situação pode ser bem pior com a intenção de referenciação para Aveiro e com o mais do que previsível encerramento de extensões de saúde. As ULS têm como objetivo concentrar serviços; isso implica retirar serviços de proximidade.
Ovar já está farto de perder serviços atrás de serviços. Perdemos a maternidade, as urgências, temos extensões de saúde fechadas e poucas especialidades no hospital. Queremos acesso à saúde e serviços de saúde de proximidade. Queremos investimento no nosso hospital e no nosso centro de saúde. Queremos urgências e mais especialidades; queremos mais médicos de família, acesso a exames e fisioterapia; menos tempo de espera e mais profissionais. Não queremos ser deslocados para outros concelhos nem queremos que nos retirem os nossos cuidados de proximidade.
Exigimos um Serviço Nacional de Saúde de qualidade. Não aceitamos a degradação da saúde que o PS está a criar.
Comissão Coordenadora Distrital Bloco de Esquerda de Aveiro
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