Continuam a ser conhecidos os efeitos da pandemia no tecido empresarial da região. A ERT Têxtil Portugal, em São João da Madeira, prepara a dispensa de “todos os trabalhadores temporários a partir do dia 7 de abril”.
Uma informação divulgada pelo Bloco de Esquerda, em comunicado, denunciando mais “um grave atropelo à legislação existente”, uma vez que “os postos de trabalho eram permanentes e não temporários.”
A ERT é uma empresa multinacional portuguesa em que a principal área de negócio é a fabricação de componentes para os interiores de automóveis contando com “dezenas de trabalhadores temporários, que despenhavam tarefas permanentes.”
“Esta empresa tem cerca de 250 trabalhadores ao seu serviço. São cerca de 50 trabalhadores que vão ficar sem emprego e muitos sem qualquer tipo de protecção social”, refere uma nota de imprensa dos bloquistas, dando conta ainda que vão questionar o Governo sobre a situação laboral na ERT.
Para o Bloco de Esquerda, “é necessário proibir os despedimentos imediatamente” porque “só assim se consegue evitar o aproveitamento que está a ser feito por algumas empresas, para literalmente se livrarem dos trabalhadores.”
“A falta de coragem do Governo do Partido Socialista está a facilitar os despedimentos em massa”, conclui a nota de imprensa.