O Bloco de Esquerda (BE) saiu de sorriso largo no teste do jantar organizado em Santa Maria da Feira, esta segunda-feira, a concluir o primeiro dia das jornadas parlamentares que vão calcorrear o distrito até terça-feira.
Moisés Ferreira, deputado eleito pelo círculo distrital, não escondeu a satisfação com a mobilização de três centenas de comensais aproveitando para lembrar que 2019 “é um ano muito importante”, porque terão de ser tomadas “decisões muito importantes, no futuro que queremos para a Europa e aquando das legislativas o futuro do país”.
“É muito bom sentir que estamos a conseguir juntar mais pessoas e acumular forças, para sermos consequentes, continuar o trabalho iniciado ao derrubar o Governo de direita e de austeridade, a conquistar direitos e rendimentos; mas temos de fazer muito mais, a realidade está muito longe de ser o queremos, para criar futuro e não voltar ao passado do PSD e CDS ou ficar estagnados no presente, apenas naquilo que o PS quer fazer”, alertou.
“Temos de conquistar mais forças, se conquistamos tanto, quanto conseguiremos com mais nestas eleições deste ano”, sublinhou o deputado num apelo ao voto.
Para Moisés Ferreira, que receberia elogios da coordenadora nacional, indiciando poder voltar a ser cabeça de lista, vê no distrito “em tantos aspetos um espelho do país”. “Do que foi feito e do que falta, do que não podemos permitir”, numa governação “sem austeridade e com aumento rendimento possível graças ao BE”. “A economia cresceu, mas não o suficiente, não temos os salários que os trabalhadores merecem e é preciso melhor redistribuição”, sublinhou,
A escolha, para o deputado, será entre “o regresso ao passado, à austeridade com PSD e CDS”, ficar estagnado no presente, onde em tantas matérias o PS tem sido um travão a mais conquistas” ou apostar “no futuro”, em que os bloquistas se posicionam. O que passa por investimentos em áreas como a ferrovia, antecipando os planos do Governo. “A Linha do Vouga é um bom exemplo, precisa de investimento, que traz crescimento económico e qualidade de vida. Deve ser uma prioridade também pela coesão territorial mas o PS quer mandar para as calendas gregas, 2025. Nós queremos agora”, defendeu Moisés Ferreira.
A líder bloquista acabou o dia com um pé no país real, no concelho das lutas dos corticeiros contra a laboração contínua ou da trabalhadora despedida duas vezes sem justa causa, e com o outro pé, mais demorado, na Europa, a lembrar a importância do ato eleitoral, em que espera uma votação para “dar companhia” a Marisa Matias.