O presidente do Beira-Mar destacou o feito do clube ao eliminar o Marítimo este domingo à noite, da Taça de Portugal, com recurso a grandes penalidades.
“Foi uma boa vitória, o Beira-Mar há vinte anos conquistou uma Taça de Portugal. Fizemos hoje um bom jogo, contra uma equipa da primeira Liga, com pergaminhos, e estamos muito contentes”, começou por dizer o dirigente.
Hugo Coelho subscreveu as palavras do técnico Ricardo Sousa ao dedicar a passagem à próxima eliminatória aos adeptos. “Fez muito bem, porque os adeptos têm-nos acompanhado ao longo desta caminhada, desde que caímos na última divisão distrital. Isso é passado, mas temos tido connosco os nossos adeptos e isso é extremamente importante”, sublinhou.
Relativamente ao próximo adversário que sairá do sorteio, os desejos do presidente vacilam entre uma equipa mais próxima da realidade atual do clube ou o jogo em casa com uma que possa trazem muita gente.
“É claro que todo nós gostamos de receber boas equipas, que joguem bom futebol, o caso do Benfica ou do Porto, são duas delas, mas há outras, claro que sim. Mas não temos uma equipa preferida. O nosso treinador preferia uma equipa mais acessível para poder jogar, o nosso objetivo é esse. Quanto menos difícil, mais possibilidades. Naturalmente, clubes como o Benfica ou Porto trazem adeptos e a receita é extremamente importante, claro que sim. Adeptos, mobilização e bom espetáculo”, afirmou Hugo Coelho, admitindo que um ‘grande’ ajudaria muito a fazer face a um orçamento que no futebol anda à volta de 300 mil euros.
O presidente destacou ainda a exibição da equipa contra o Marítimo, que espera ver repetida na prova raínha seja qual for o adversário. “Praticámos um bom futebol, não ficámos atrás à espera de milagre. O nosso estádio tem todas as condições para receber qualquer equipa, até para promover o Campeonato de Portugal é um jogo apetecível”, disse.
A vitória frente aos madeirenses não vai alterar os planos mais conservadores da direção, que passam desde o início da época por um projeto a dois anos para alcançar a segunda Liga. “Temos os pés bem assentes na terra. Não é por ganharmos um jogo ou estarmos em segundo que redefinimos os objetivos, vamos cumprir. É o primeiro ano no Campeonato de Portugal, passámos quatro anos na distrital fruto de algumas decisões. Encaramos hoje o Beira-Mar com a mesma seriedade da distrital, procurando a estabilidade, a proximidade aos adeptos e temos feito isso com um bom futebol, respeitando os adversários”, concluiu.
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