O presidente do Beira-Mar, Afonso Miranda, fez questão de colocar tudo em ‘pratos limpos’ logo no ‘pontapé de saída’ da nova época futebolística da equipa sénior, a primeira na liderança do clube, que ficou marcado pela apresentação de Ricardo Maia como treinador principal.
A equipa “tem de olhar sempre para cima”, uma vez que “o objetivo é subir, com respeito por todos os outros que estarão a lutar” pelo primeiro lugar da divisão de elite, que é o único que permitir alcançar o ambicionado regresso aos ‘nacionais’. “Se ficarmos na distrital, trabalhámos mal”, afirmou.
O jovem treinador que levou o S. João de Ver (Feira) dos distritais ao Campeonato de Portugal estava na ‘shortlist’ da estrutura responsável pelo futebol sénior, tendo sido “fechado” sem abordar outros nomes. “Concluímos que era a pessoa certa, jovem, ambicioso e com provas dadas. Foi o único convite”, explicou o dirigente máximo, dando conta que o ‘scouting’ do clube também foi ouvido.
“Teremos um campeonato difícil, mas estamos convictos que temos o homem certo para as batalhas que se avizinham, um treinador de projeto”, insistiu o presidente do Beira-Mar, esperando que seja uma ligação de longo prazo. Sobre a composição do plantel, só a partir de agora, em diálogo com o treinador, que terá também uma palavra a dizer, começarão a ser assinados contratos. “Neste momento temos zero jogadores”, garantiu.
Na divisão de elite distrital “os perigos moram em todo o lado”, alerta o novo treinador do Beira-Mar
Ricardo Maia, que conhece aos 33 anos a sua terceira equipa como treinador principal, mostrou-se satisfeito com o convite que acredita no seu valor, evidenciado pelo trajeto realizado. Acabou por ser “um acordo fácil” porque “o desejo era mútuo”.
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O técnico desvaloriza o regresso aos distritais para trabalhar, depois de ter chegado ao Campeonato de Portugal quando orientou o S. João de Ver parte da época, clube, entretanto, promovido à Liga 3.
“Não tenho uma ambição tão desmedida, não sou treinador de divisões, mas de quem acredita verdadeiramente em nós”, afirmou, subscrevendo o objectivo colocado pelo clube.
“A partir do momento em que o Beira-Mar está neste patamar não seria lógico vir com discursos redondos, mas não corremos sozinhos, não é uma luta fácil, os perigos moram em todo o lado, é um campeonato super competitivo, com muitos treinadores qualificados e jogadores de inegável qualidade”, acrescentou Ricardo Maia, mostrando-se confiante no apoio da estrutura e dos adeptos, que “crescerão” na medida do sucesso da equipa.
Sobre a despromoção do Beira-Mar, mostrou-se surpreendido como aconteceu, comungando do sentimento “de uma forma geral a quem está do lado de fora”.
Agora é tempo de “limpar essa mágoa, olhar para o presente, com orgulho na história. A realidade é novamente do campeonato distrital, temos de viver o dia ao dia”, concluiu.
Ricardo Maia apresenta-se à frente de uma equipa técnica que inclui ainda o adjunto André Coelho, Eurico Barbosa (treinador de guarda redes) e João Ribeiro (Preparador físico).
O plantel deverá começa a trabalhar a 26 de julho, depois de exames médicos.
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