Como previsto, Ricardo Sousa continua, pela segunda época consecutiva, como treinador principal do Beira-Mar, mesmo que seja necessário baixar as expetativas por força da situação pandémica que também abalou o futebol.
“O acordo era por dois anos, projetámos uma coisa que não vai ser possível: dar estabilidade ao clube no primeiro ano e o segundo de aposta firme e certa. Com esta pandemia, infelizmente, o Beira-Mar perdeu alguns apoios, não vai ser possível apostar da maneira como pretendíamos, mas era impossível virar as costas ao clube que eu amo. Por isso é com prazer que voltarei a treinar o Beira-Mar na próxima época”, declarou.
O treinador, que falava este sábado de manhã após uma apresentação inédita das equipas técnicas do futebol, de todos os escalões, incluindo veteranos, adiantou que “80 por cento do plantel já está definido” tendo em vista a próxima época, em que os aveirenses irão competir no Campeonato de Portugal e disputar a Taça de Portugal.
“Estamos a trabalhar no nosso cantinho, a trabalhar bem para ganhar alicerces, acredito que os sócios vão ficar satisfeitos com o trabalho conjunto com a direção”, assegurou Ricardo Sousa que continua a orientar a mesma equipa técnica .
“Vai ser uma época de luta mas o objetivo principal desta época passa por conseguir o acesso à terceira liga, queremos jogar como no passado ‘olho no olho’, a defender um emblema que significa muito”, referiu o técnico, admitindo que “é algo incómodo” ainda não se saber a série exactamente. “Mas estamos a trabalhar para ter uma equipa competitiva fiquemos na série C ou D”, assegurou.
Discurso direto
“A renovação será grande, em muitos casos por decisão dos jogadores, têm ofertas melhores. Temos de ter os pés bem assentes no chão e até onde podemos ir. Há jogadores que não vamos conseguir segurar, outros seguem o seu rumo. Infelizmente vamos ficar com poucos do ano passado, estávamos a preparar o futuro, mas as condições não permitem” – Ricardo Sousa, treinador do Beira-Mar.
“Temos trabalhado com recato com renovações e contratações. Não vou adiantar para já, mas será um plantel com orçamento mais baixo, indiscutivelmente, mas combativo e determinado. Nisso estaremos mais fortes. Estas alterações do Covid vieram retirar 40 por cento, pelo menos, dos apoios e patrocínios. É natural, as empresas precisam de esperar tempo até teremo segurança e força. Os objetivos são os mesmos: ganhar todos os jogos e passa obviamente pela terceira liga, tem de acontecer. Depois vamos ver, com cautela e respeito pelos adversários” – Afonso Miranda, presidente adjunto do Beira-Mar.
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