Beira-Mar: 151 sócios deram voto de confiança a Afonso Miranda

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Primeiras palavras do novo presidente do Beira-Mar, Afonso Miranda.

A única lista concorrente aos orgãos sociais do Beira-Mar, liderada por Afonso Miranda, foi eleita este sábado com 151 votos.

Registaram-se, ainda, 18 votos brancos e um nulo.

Participaram no ato eleitoral 170 sócios, de um universo de 600 com as quotas pagas.

Nas anteriores eleições, também com apenas uma candidatura, liderada por Hugo Coelho, tomaram parte 181 sócios, tendo 167 votado na lista.

A adesão deste sábado foi ao encontro do esperado, por força das circunstâncias. As eleições decorreram com lista única e na ‘ressaca’ de uma despromoção da equipa sénior de futebol aos distritais.

Neste contexto, o novo presidente considerou os 151 votos a favor um resultado “extremamente positivo, que responsabiliza e entusiasma”, dando conta de abordagens durante a atual fase da vida do clube “de pessoas que se pretendem aproximar, de anónimos e empresas”, o que encara como “um sinal muito positivo”.

Aos sócios que não participaram no ato eleitoral, Afonso Miranda deixou algumas das primeiras palavras após a tomada de posse dos orgãos sociais. “Essas pessoas não têm culpa, o clube tem vindo a afastar-se da comunidade”, assumiu, renovando o compromisso de “mobilizar” os adeptos, “porque vale a pena ser do Beira-Mar”.

Afonso Miranda garantiu, também, o empenho da nova direção, em grande medida de continuidade do elenco anterior a que presidiu Hugo Coelho, em deixar o clube, no final do triénio, melhor do que o vai encontrar neste início de mandato.

Recuperar o estatuto de utilidade pública figura entre as várias prioridades já divulgadas, o que permitirá para aceder, por exemplo, ao mecenato. “O Beira-Mar não tem esse estatuto formal, mas tem esse peso, isso só poderá acontecer com o registo do estatutos, temos de dar esse passo”, disse o presidente, um dos mais jovens da história quase centenária do clube.

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“O manifesto saiu, na altura não tivemos possibilidade de o analisar devidamente. Estamos solidários com parte do que é escrito. Hoje falei com dois vice-presidentes da Federação e ao presidente da Associação de Futebol de Aveiro, em que expliquei qual a posição do Beira-Mar. Discordamos da posição tida pela Federação em relação aos clubes da Madeira de deixarem de competir por falta de capacidade financeira e garantir a manutenção. Achamos que não é uma decisão justa. Algumas equipas do distrital vão ter jogos, outras subir administrativamente. Isto é injusto. Trataremos nos gabinetes aquilo que acharmos que deve ser tratado nos gabinetes. Estamos parcialmente solidários com o manifesto mas não vamos até às últimas consequências, como ali é dito, e há coisas com as quais não concordamos. A seu tempo daremos uma resposta detalhada sobre aquilo em que é possível a Federação interceder.” – Afonso Miranda.

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