O Bloco de Esquerda concelhio defendeu que a tarifa municipal de resíduos sólidos urbanos “nunca seja superior aos custos da operação”, impondo-se da parte da autarquia “medidas de justiça social, nomeadamente a criação de uma tarifa social que abranja automaticamente as famílias em carência económica”.
Uma tomada de posição a pretexto da divulgação do Relatório Anual dos Serviços de Águas e Resíduos em Portugal de 2020, onde Aveiro surge com “a maior tarifa de resíduos do país” comprando com os custos do serviço, a qual, reclamam os bloquistas, deveria ser reduzida.
Em Aveiro, é cobrado 1,57 euros por cada euro que a autarquia gasta no serviço, o que, refere o BE, resulta numa tarifa cobrada junto da população “para financiar a autarquia”.
O Bloco considera “escandaloso” manter uma tarifa “bastante acima dos custos de operação e que tenha sido a pior no país neste registo”.
Ao fazer incidir uma taxa de recuperação de custos de 157% , a Câmara está a contribuir para “a penalização dos aveirenses”, acusa a concelhia. O que “assume contornos ainda mais gravosos já que a média nacional está nos 83%, ou seja, é cobrada uma tarifa abaixo do custo do serviço.”
O relatório analisa os dados mais recentes (ano 2019) por parte do regulador do sector, a ERSAR, à maioria das autarquias.
Discurso direto
» “O executivo PSD/CDS tem insistido numa política de impostos e tarifas no máximo para serviços públicos no mínimo. O Bloco considera que é precisa uma alternativa que vá ao encontro das necessidades da população com justiça fiscal e serviços públicos que não sejam um negócio, várias vezes entregues a privados, mas sim uma resposta aos problemas que a população enfrenta”. – Bloco de Esquerda concelhio.
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