O Bloco de Esquerda de Aveiro pretende “conhecer as contrapartidas” da empresa Transdev, concessionária do transporte público em Aveiro, para receber “o novo apoio da autarquia”, atribuindo recentemente (700 mil euros), no âmbito da minimização dos prejuízos causados pela pandemia do Covid-19.
Os bloquistas enviaram recentemente, também, um requerimento à Comunidade Intermunicipal Região de Aveiro (CIRA) “para que fosse divulgado o valor que a entidade está a transferir para a operação regular da Transdev na região”. A CIRA, na resposta, esclareceu “que tem em curso um pagamento de outros 700 mil euros, desta feita à operação dos privados na região nos últimos quatro meses.”
O Bloco de Esquerda afirma que “quer conhecer as contrapartidas do apoio, especificamente na redução do valor do passe e no aumento da oferta de transportes, que é o objetivo do financiamento proveniente dos programas PART e PROTransP”, que apoiam passes sociais.
Os bloquistas reafirmam a “recusa” de “uma concessão que é um poço sem fundo que a cada ano absorve mais fundos mas com contínua degradação do serviço” e a sua posição “pela remunicipalização do serviço público de transportes.”
» “A concessão reduziu o número de carreiras e piorou o serviço, no entanto a empresa tem sido premiada com investimento público. A autarquia paga uma renda anual superior a um milhão de euros, pagará o novo ferry e o arranjo das paragens de autocarro. Também fundos comunitários têm garantido a compra de autocarros. Neste momento, em que a empresa privada falha mais uma vez às necessidades da população, com autocarros lotados e passageiros a não embarcar por falta de lugares nos autocarros, a resposta é novamente mais investimento público”.
» “A mensagem do executivo liderado por Ribau Esteves é clara: mesmo que o concessionário falhe as suas obrigações de serviço público, a torneira de dinheiros públicos estará sempre aberta.”
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