Nas últimas semanas têm sido inúmeros os alertas dos parceiros sociais do setor da construção civil para as condições de informalidade e de falta de segurança em que a sua atividade tem vindo a funcionar durante a pandemia da COVID-19.
Na maior parte dos casos, estes trabalhadores continuam a exercer a sua actividade com total ausência de equipamentos de proteção individual e higiene (máscaras, luvas, gel desinfectante), e de garantia da distância física mínima indicada pelas autoridades de saúde, sendo obrigados a trabalhar todos os dias em condições de elevada exposição ao contágio.
O setor da Construção Civil tem cerca de 600 mil trabalhadores, um sector de actividade onde abundam os vínculos precários, os baixos salários e a falta de condições de segurança, saúde e higiene no trabalho.
Com o país a braços com uma crise sanitária, económica e social sem precedentes, importa referir que o “Inquérito Rápido e Excepcional às Empresas (COVID-IREE)” divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e pelo Banco de Portugal (BP), aponta o setor da Construção e Actividades Imobiliárias como aquele que mantém em funcionamento a maioria das empresas (91%), tendo mesmo havido casos em que foi feita a reivindicação da suspensão das obras, para a salvaguarda da saúde dos trabalhadores, das suas famílias e da população, sem suspensão do pagamento dos salários, tal como aconteceu em outros países europeus, onde este foi o primeiro setor a parar.
Os deputados municipais já questionaram à autarquia feirense. Ler aqui.
Bloco de Esquerda