Bate o sino pequenino, sino de Belém… Será que o sino bate para todos?

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Natal em Oliveira de Azeméis.

O espírito natalício deveria-nos lembrar da importância de compartilhar, cuidar e olhar pelo próximo. No entanto, por trás das festividades, existem histórias que muitas vezes preferimos ignorar. Famílias investem tempo e recursos em presentes caros e ceias elaboradas, sem refletir sobre o verdadeiro significado do Natal: celebrar o amor e a solidariedade, em memória do nascimento de Jesus.

Por Davys Espíndola Moreno *

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Esse consumo desenfreado contrasta com a realidade de muitas crianças que enfrentam desafios diários que o dinheiro não pode resolver: saúde e dignidade. Muitas dessas crianças, invisíveis para a sociedade, sofrem com limitações de acesso e comunicação, além de exclusão devido ao bullying. Crianças com necessidades especiais, como paralisia cerebral ou autismo, são particularmente vulneráveis. Outras enfrentam graves problemas de saúde e estão distantes dos seus familiares, em hospitais ou lares de acolhimento. Há também as crianças vítimas de guerra, sem um lar que as proteja. Essas crianças, que enfrentam desigualdade, dor e abandono, também merecem a luz do espírito natalício.

O CIDTFF da Universidade de Aveiro, ciente dessa realidade, adota uma estratégia de Responsabilidade Social, unindo criatividade e inovação. Através de atividades nas áreas de Ciências, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática (STEAM), busca promover a inclusão e desenvolver o pensamento crítico, a tomada de decisão e a resolução de problemas, formando cidadãos mais preparados para criar um mundo melhor.

A música, nas suas diversas formas, tem-se mostrado uma ferramenta poderosa nesse processo. Ela pode estimular o desenvolvimento cognitivo, motor, emocional e social, além de ensinar valores como respeito, empatia e solidariedade. A música cria oportunidades para que todas as crianças se sintam integradas e valorizadas.

Exemplos incluem o projeto “Doutores do Ritmo”, em parceria com a Liga Contra o Cancro, que busca melhorar a qualidade de vida das crianças internadas no Hospital Pediátrico de Coimbra, e a inclusão de crianças com Paralisia Cerebral no Ensino Artístico Especializado da Música, usando tecnologias adaptativas.

Convidamo-lo a refletir sobre o verdadeiro espírito natalício e a perguntar: “Como posso fazer a diferença por eles?”

Um grande abraço e Feliz Natal!

* Centro de Investigação em Didática e Tecnologia na Formação de Formadores (CIDTFF) da Universidade de Aveiro (UA). Artigo publicado originalmente no site UA.pt.

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