O Ministério Público (MP) da Comarca de Aveiro deduziu acusação contra um ex bancário suspeito do desfalque de 463 mil euros do balcão onde trabalhava, em Estarreja.
O antigo funcionário responde pela prática de seis crimes: furto qualificado (1), falsificação de documento (1), falsidade informática agravado (1), acesso ilegítimo (1), abuso de confiança qualificado (1) e ainda de branqueamento de capitais.
“De acordo com os indícios recolhidos, entre fevereiro de 2012 e janeiro de 2015, o arguido, gestor de contas e aplicações em agência de instituição bancária em Estarreja, delineou e concretizou um plano para se apropriar de quantias monetárias ali depositadas ou que lhe eram entregues por clientes para esse efeito”, explica a Procuradoria Distrital do Porto do MP,
Como conhecia o sistema informático de gestão de contas do banco, o funcionário usava as suas credenciais de acesso, “sem autorização dos titulares”, para dar ordens de transferência interna entre contas.
O inquérito apurou que o arguido terá efectuado “depósitos não autorizados de quantias entregues pelos clientes e, sempre cobrindo informaticamente tais operações, fez circular aqueles montantes até contas de destino tituladas por familiares seus ou outros clientes na mesma instituição.”
Depois, para movimentar o dinheiro até às contas de destino e utilizá-lo em seu proveito, fazia igualmente emitir cartões bancários, “sem o conhecimento e consentimento dos titulares das contas, dos quais se serviu para realizar diversas operações.”
Banco suportou prejuízos dos clientes
» Até janeiro de 2015, altura em cessou funções, o arguido logrou fazer sua a quantia total de €462.858,50. Tal montante foi posteriormente pago aos lesados pela instituição bancária;
» O MP formulou um pedido de declaração de perda a favor do Estado das vantagens económicas obtidas pelo arguido com a prática dos aludidos crimes, no valor referido.
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