Aveiro é uma cidade pequena, num país pequeno, mas que atrai cada vez mais gente, entre eles turistas. E porquê? Para mim, uma aveirense facciosa, é difícil de saber a resposta exata. Gosto da cidade como ela é, ou melhor, independentemente de como ela é, ou será.
Por Alexandra Monteiro *
Mas acredito que o atributo de “Veneza” tenha ajudado a este banquete turístico, e o aumento em catadupa de barcos moliceiros (adaptados) a navegarem nos canais da cidade confirmam isso.
Acreditando que estas visitas trazem saúde e benefícios para a cidade, imaginem se para além dos canais, houvesse outras atratividades que tornassem a cidade ainda mais aliciante para quem vive e quem visita?! Parece um cenário idílico, não?
Mas o mais engraçado é que não é!
Na verdade, poderia ser um cenário tornado realidade há muitos anos atrás, quando a palavra “buga” apareceu no léxico aveirense.
Quando pensamos e pesquisamos no internet cidades como “Amesterdão” ou mesmo “Copenhaga”, para a nossa próxima viagem, estou certa de que uma das imagens que nos surge na cabeça (e nos resultados do Google) são bicicletas, muitas bicicletas a encherem a cidade. E, se assim for, o nosso cérebro tem toda a razão…pois o primeiro cartão de visita para quem chega – por exemplo de comboio – a estas cidades é de um parque de estacionamento gigante e lotado de bicicletas. Uma imagem que induz sorrisos, pensamentos bons e saudáveis. E a esta imagem seguem-se outras, com as bicicletas a encherem agora as ruas, onde a chuva, frio ou neve, ou mesmo sapatos altos e fatos formais não são impeditivos para ninguém.
Será uma coincidência ambas as cidades serem planas, junto ao mar, com uma envolvência natural bonita e cheia de pessoas jovens? Talvez não. Talvez se Aveiro tivesse estas características, as bugas tivessem vencido e enchido a cidade… Mas esperem…Aveiro também é assim, não é??
Então porque não ter 2 destinos turísticos como sobrenome, em vez de 1?
Eu, pessoalmente, iria achar esta “Amesterdão de Portugal” ainda mais bonita e com melhor qualidade de vida!
E o Dia 21 de Setembro – Dia Europeu sem Carros – poderia ser sempre que um homem (nós!) quiséssemos…
* Investigadora da Universidade de Aveiro (DAO e CESAM). Artigo publicado originalmente no site UA.pt.
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