Aveiro: Trio nortenho perigoso encenou venda de droga para roubar dinheiro ao comprador, que foi alvejado gravemente a tiro

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Polícia Judiciária.

A Polícia Judiciária (PJ) de Aveiro anunciou, esta tarde, que fez três detenções por homicídio na forma tentada, roubo agravado na forma tentada e de detenção de arma proibida. Crimes relacionados, alegadamente, com um “negócio de droga fictício.”

Os suspeitos são três homens com idades compreendidas entre os 24 e os 33 anos, “ligados ao mundo da noite”, que residem na Área Metropolitana do Porto.

De acordo com o comunicado, um não tem ocupação profissional definida, outro é segurança privado e o terceiro praticante federado de artes marciais. São indivíduos considerados “perigosos”.

A PJ adianta que em finais de fevereiro de 2020, o grupo deslocou-se a Aveiro para, supostamente, fazer a entrega do que seria uma “significativa quantidade de produto estupefaciente” a um indivíduo residente nesta cidade.

O alegado comprador, de 36 anos, sem ocupação profissional concreta, havia combinado o negócio com um outro homem tido como fornecedor, que não conhecia, mas através de um intermediário residente no estrangeiro.

O encontro inicial decorreu junto a uma grande superfície comercial da cidade, na zona das Glicínias, seguindo depois todos para um local mais recatado, nas imediações, para concretizarem o negócio fora da vista de eventuais transeuntes.

“Nesse local, os suspeitos atacaram então o comprador para lhe roubarem o dinheiro destinado ao pagamento da droga, acabando um deles por o alvejar com dois disparos de arma caçadeira com os canos serrados”, relata a PP.

Apesar de gravemente ferida, a vítima conseguiria fugir sem entregar dinheiro, tendo sobrevivido graças ao auxílio de um amigo que observava o encontro à distância e que a transportou para o hospital”, de onde foi dado o alerta para as autoridades policiais.

A investigação “permitiu identificar cabalmente os três suspeitos” agora detidos, todos com antecedentes criminais, nomeadamente de roubo, de tráfico de estupefacientes e de passagem de moeda falsa.

Não foi apurada a quantia que a vítima de disparos levava consigo para pagar a droga que pensava ter encomendado e acreditava que lhe seria entregue no encontro.

Segundo a PJ, o comprador, que foi alvejado pelas costas, não estava referenciado por tráfico.

Presentes às autoridades judiciárias da Comarca de Aveiro para primeiro interrogatório judicial. O presumível autor dos disparos ficou a aguardar o desenrolar do inquérito em prisão preventiva. Aos dois outros, foi decretada a proibição de contactos com a vítima e apresentações periódicas no posto policial da área das respetivas residências.

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