Aveiro: Subida do encargo com lixos não foi má gestão, nem vai aumentar taxa – Ribau Esteves

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Veolia, Aveiro.
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A subida dos encargos com a concessão da recolha de lixos urbanos, para mais 65 mil euros anuais, não representa “nenhum incumprimento” por parte da empresa, servindo para “aumentar a capacidade de serviço”. E “o impacto é tão pequeno” que não terá reflexos na taxa de resíduos, descansou Ribau Esteves ao responder a questões colocadas pela bancada do PS na Assembleia Municipal, sexta-feira à noite.

“Estamos absolutamente tranquilos pelo que a empresa fez em nove meses, um excelente serviço, com custos muito mais baixos”, insistiu o edil, lembrando que a entrada do novo concessionário representou “poupanças” de 1,2 milhões de euros.

As críticas da oposição não ficaram sem resposta: “Não há aqui erro, mas mesmo que houvesse, 5% é um ajustamento, transformar isto num grande problema, num erro de gestão, é um absurdo, em termos matemáticos e financeiros”.

O edil lembrou, ainda, que as queixas de problemas na recolha de lixo urbana não são de agora, mas “dos últimos 2 ou 3 anos dos contratos da SUMA, não nasceu com a Veolia”. Com o crescimento da população e do turismo “não se perspetiva” reduzir a produção de resíduos sólidos urbanos.

A proposta acabaria por ser aprovada por maioria.

Discurso direto

“Sempre houve insatisfação da população, agravou-se a vários níveis. O presidente desvalorizou, a propagandeada poupança fica com menos 500 mil agora. Devia manter-se na esfera municipal” – Filipe Guerra (PCP).

“A justificação soa a desculpa de mau gestor, falar do aumento do turismo. Não cresceu desde outubro de 2018. Vamos continuar a ter adendas, como nos transportes. O que houve foi corte dos serviços, menos soluções” – Rita Batista (BE).

“É um contrato bom, trouxe poupança de 15% na taxa que pagamos. 500 mil euros em oito anos não é todos os meses. No futuro haverá ajustamentos, para cima ou para baixo. A oposição defende melhorias em outros contratos, tenta trazer confusão” – Jorge Greno (CDS).

“O PS é contra esta adenda, não é questão de poupança mas perda de qualidade de serviço. O que está em causa é agir de acordo com a competência, reconhecer que a poupança não era a que se previa Justifica com o sucesso no turismo ? O que saiu fora da capacidade de previsão ?” – Fernando Nogueira (PS).

“A poupança é de tal ordem grande, quem se preocupa em aumentar em 5 mil euros ? Preferiam um contrato que custasse 180 mil para não ter de rever ? Desejo mais revisões e acima de tudo um controlo. O nível de poupança mantém-se muito bom” – Filipe Tomaz (PSD).

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