Aveiro: Rossio e Rua João Mendonça recebem as primeiras reparações em breve

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Rua João Mendonça, Aveiro (foto José Luque Priero).

A Câmara de Aveiro está a preparar trabalhos de reparação de alguns danos verificados em obras feitas para a requalificação da praça jardim Rossio e Rua João Mendonça, concluída no final do ano passado.

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A informação foi transmitida pelo presidente da Câmara na Assembleia Municipal, que esteve reunida, esta sexta-feira, na freguesia de Oliveirinha, na sequência de reparos de deputados.

Marta Dutra, do PAN, não deixou passar a sessão ordinária de junho sem referir a polémica causada pela obra encomendada pela autarquia a Rui Chafes para decorar o ‘olho’ das pontes no canal central, que “deixou de ser verde e florido para se tornar cinzenta”, ao receber uma escultura metálica “totalmente diferente da primeira que foi divulgada, já para não falar do valor pago”.

A deputada deu conta, ainda, de “pavimentação degradada e lajes partidas” na obra do Rossio / Rua João Mendonça e pediu atenção para a Avenida Lourenço Peixinho, “onde existe calçada levantada, algumas árvores parecem morrer e pouco cuidado no asseio e manutenção de canteiros”.

Sobre a obra de arte em ferro, Celme Tavares (BE) disse que o presidente da Câmara portou-se como “Rei Sol”, escondendo da população para depois surpreender. “Acontece que a obra anunciada não é a instalada” e, assim, “passou-se para as aparências que iludem e depois desiludem”. Em contraponto ao investimento feito nas ‘pontes’, a bloquista lamentou o estado de “abandono” em que se encontra o parque Infante D. Pedro, o principal espaço verde da cidade.

Pelo PS, Ana Seiça Neves quis saber para quando a conclusão das obras da avenida Mário Sacramento, que deveria acontecer em julho, bem como a intervenção no adro da Sé para a instalação de o monumento de Siza Vieira à muralha e questionou o corte de árvores ali existentes.

Na resposta, Ribau Esteves não valorizou “opiniões de quem é contra” a opção camarária tomada para a rotunda das pontes, preferindo mostrar-se “muito satisfeito” que “depois de toda a luta contra” chegue agora “ajuda para cuidar bem” das obras realizadas. Confirmou que existem “alguns problemas” no Rossio e Rua João Mendonça, que “estão visíveis e cadastrados” pelos técnicos. Nesta altura, existem já “soluções técnicas definidas, com orçamento e planeamento” para executar obras para colocação na “devida ordem” os estragos, “nomeadamente os abatimentos que são visíveis por todos que lá passam”, num “trabalho de equipa com o empreiteiro e projetista”. Já na Avenida Lourenço Peixinho, não vê motivos para as queixas. “Está bem cuidada e com asseio, uma ou outra questão pontual, vamos resolvendo”, garantiu.

Quanto à falta de manutenção dos parques e espaços verdes, o edil explicou que está relacionado com “atrasos” no início de prestações de serviços que garantem os trabalhos, tendo existido “um intervalo maior do que previsto”.

Sobre a obra de Rui Chafes, Ribau Esteves repetiu os argumentos já dados para a discrepância entre a “mera simulação” apresentada por si para dar uma imagem, sobretudo, do volume e dimensão, e depois a escultura final. “Estamos a falar de um dos melhores artistas portugueses. Aquela obra é hoje a obra mais valiosa em termos de valor financeiro e cultural que o município tem. É só isto que temos”, sublinhou.

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Relativamente à obra de reabilitação da avenida Mário Sacramento, o autarca adiantou que “tem corrido de forma impecável”, embora com maior exigência maior do que previsto, por força de pré-existências que foi necessário remover antes de preparar a pavimentação final.

Monumento da muralha pronto no final do ano

Quanto à obra no adro da Sé, Ribau Esteves apontou a conclusão dos trabalhos para o final do ano. As exigências arqueológicas têm tornado a intervenção mais demorada e dispendiosa. Agora foram encontrados, também, vestígios do antigo piso cerâmico da igreja. Relativamente à alteração do arvoredo, dois exemplares (magnólias) foram cortadas por não estarem em condições, ponderando-se a permanência da terceira. Entretanto, foram plantadas cerca de 40 novas árvores para embelezar a zona (ouvir declarações abaixo).

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