A Câmara de Aveiro aprovou, na sua última reunião, uma “modificação objetiva do contrato” da empreitada de requalificação do largo do Rossio e Praça General Humberto Delgado, que inclui a concessão do serviço público de estacionamento subterrâneos.
O executivo deu luz verde à reprogramação financeira e temporal por maioria.
Os trabalhos a mais motivados, no essencial, por novas perfurações, custam 745.627 euros, acrescido de IVA, enquanto o prazo de execução é alargado para um novo período de 207 dias seguidos (de 31 de outubro próximo para 26 de maio de 2023).
A deliberação foi motivada por trabalhos complementares “normalíssimos” referiu o presidente Ribau Esteves.
O ‘dono da obra’ informou a Câmara, este mês, da necessidade de mais trabalhos na fase da preparação (ensaios) para a execução do jet-grouting, “uma operação muito rigorosa e monitorizada ao pormenor”, como lembrou o edil.
A aferição das primeiras semanas de execução levou o empreiteiro a decidir fazer “um acréscimo” de meio metro de altura das colunas de jet-grouting, para 2,5 metros, “como reforço de segurança”, entre outras operações técnicas no mesmo sentido, obrigando a novas perfurações.
“O jet-grouting é uma operação muito rigorosa e monitorizada ao pormenor”, vincou Ribau Esteves.
O contrato da empreitada foi outorgado inicialmente com o consórcio por quase 11,711 milhões de euros, mais IVA, com execução de 480 dias. Depois do ‘visto’ do Tribunal de Contas, o término apontava-se para o final deste mês de outubro.
Os mais recentes trabalhos complementares de 745.627 euros elevam para 3 milhões de euros o valor dos custos a mais imputados pelo consórcio desde o início da obra, sendo que existem também trabalhos a menos registados nos sucessivos ‘acertos de contas’. O novo preço contratual é de 10,047 milhões de euros.
A empreitada é comparticipada pelo consórcio como contrapartida da concessão dos parques de estacionamento (2,500 milhões de euros) e pelos Fundos Comunitários do Centro 2020 (2,051 milhões de euros).
Nos últimos dias, repetiram-se alertas e queixas de operadores marítimo-turísticos, que têm os cais de embarque naquela zona do canal central, devido a incómodos causados durante as obras pela libertação de pó de cimento. Empreiteiro e autarquias traçaram medidas de contingência para reduzir o risco daquelas falhas durante os trabalhos da obra.
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